Pesquisadores da UFMG precisam de 1,5 milhão para continuar testes rápidos para o COVID-19

Cada teste vai custar apenas R$ 5,00

Por Marco Antônio Gomes de Carvalho em 14/04/2020 às 16:12:07

Rodolfo Giunchetti coordena pesquisa para desenvolvimento de teste da Covid-19 — Foto: Júlia Duarte/UFMG/DivulgaçãoRodolfo Giunchetti coordena pesquisa para desenvolvimento de teste da Covid-19 — Foto: Júlia Duarte/UFMG/DivulgaçãoRodolfo Giunchetti coordena pesquisa para desenvolvimento de teste da Covid-19. Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) começaram a desenvolver um teste rápido para diagnosticar a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Pode ser o primeiro a ser criado no país.

"Nossa intenção é produzir um teste com menor custo possível para viabilizar ampla distribuição pelo Ministério da Saúde. O custo deverá ser de no máximo R$ 5 por paciente", disse o professor Rodolfo Giunchetti, que está à frente do projeto.

Atualmente, se for feito em uma clínica particular em Belo Horizonte, o teste para detectar a Covid-19 custa em torno de R$ 300.

O início da pesquisa só foi possível porque há reagentes no laboratório. Mas eles não são suficientes para a conclusão dos testes. De acordo com o professor, cerca de R$ 1,5 milhão são necessários para que em, pelo menos, 60 dias eles estejam disponíveis.

Na tentativa de levantar o dinheiro, os pesquisadores estão arrecadando doações pela internet.

"Minha expectativa é que após recebermos algum recurso para ter alguém 100% dedicado, teremos os primeiros resultados em 30 dias. Em tempo de ajudar na pandemia, no pior momento que ainda está por vir", disse Giunchetti.

Várias outras universidades pelo Brasil também tentam desenvolver um teste rápido para que o governo federal deixe de depender de outros países. Para o professor Giunchetti, uma tecnologia nacional nos deixaria em uma situação mais confortável em relação a dependência externa.

A expectativa é que um milhão de testes por meses seriam possíveis, caso a pesquisa receba investimentos.

De acordo com o professor, submetendo grande parte da população a essa análise rápida, seria possível permitir o retorno de outras atividades sem comprometer a saúde pública.

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