Fertilizante Ciclus, da Café Brasil, promove redução de gases do efeito estufa

Por Marco Antônio Gomes de Carvalho em 27/06/2022 às 18:16:05
O fertilizante Ciclus, produto de alta tecnologia, permite uma menor emissão de gases do efeito estufa pela redução do uso de combustíveis na aplicação

Divulgação: Café Brasil

De acordo com estudos realizados em 2012 pelo Centro de Energia Nuclear da USP (Cena/USP), os fertilizantes nitrogenados são responsáveis por 50 a 78% das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) na cafeicultura. O Ciclus, um dos fertilizantes de alta tecnologia da empresa Café Brasil, possui uma das menores taxas de emissão desses gases, explica o consultor de sustentabilidade Daniel Nogueira Pereira.

"Esse produto é fabricado com a tecnologia de "injeção de carbono" que, aplicada na molécula de nitrogênio, gera moléculas de diferentes tamanhos. Assim, os microrganismos existentes no solo degradam e liberam o nitrogênio de forma lenta, gradual e constante, exigindo menos aplicações de fertilizantes durante o ciclo produtivo da planta".

Uma pesquisa feita em 2016 pelo Professor Doutor Domingheti, da Universidade Federal de Lavras, mostrou que a ureia formaldeído, matéria prima do Ciclus, promove uma redução de 91% na emissão de GEE quando comparado à ureia convencional.

"Isso acontece porque a tecnologia do produto garante a estabilidade do fertilizante no solo, impedindo a liberação de gases como o óxido nitroso, gás 265 vezes mais poluente do que o CO2. Menos aplicações na lavoura também significa uma menor emissão de CO2 pelo uso de combustíveis fósseis", afirma o consultor.

Assim, além de garantir ao produtor uma nutrição mais balanceada e promover um melhor crescimento de ramos, o Ciclus é mais sustentável quando comparado a outras fontes convencionais de nitrogênio.

Para comprovar a ação do fertilizante na redução dos impactos ambientais, a Café Brasil incorporou uma área de sustentabilidade na empresa que ficou responsável por compilar dados dos produtores que fizeram a utilização do fertilizante nos últimos anos. Utilizando uma metodologia de cálculos lançada em 2020 e aprovada pelo Painel Internacional de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, em inglês), é possível demonstrar em números a quantidade de carbono equivalente que a propriedade deixou de emitir pelo uso de fertilizantes nitrogenados. De acordo com a metodologia, ao considerar as vendas totais de Ciclus, a Café Brasil contribui para evitar a emissão de aproximadamente 31.700 toneladas de CO2 equivalente por ano quando comparado à ureia comum, afirmam os especialistas.

Divulgação: Café Brasil

Maria Angélica, cafeicultora da região do sul de Minas Gerais, foi a primeira a fornecer todos os dados e comprovantes a serem processados e certificados através dessa metodologia. Ela foi convidada para receber um prêmio de sustentabilidade organizado pela segunda edição da ExpoCafé no fim deste mês, evento que tem como parceiros a Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Emater-MG, a Embrapa Café e a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel).

"Achei esse certificado muito importante porque vai agregar talvez até uma melhor renda. E é importante também, porque no mundo em que estamos vivendo, precisamos de menos poluição para nós, para os nossos filhos e para os netos no futuro", afirmou Maria Angélica.

Em apenas oito hectares de produção, Maria Angélica conseguiu prevenir a emissão de 53 toneladas de CO2 ao escolher Ciclus no lugar da ureia convencional nos últimos anos.

Divulgação: Café Brasil

De acordo com Daniel, o certificado demonstra e legitima as informações que apontam a redução da emissão de GEE.

"O nosso intuito é que com o certificado, a produtora vai poder acessar novos mercados cada vez mais preocupados com ações que diminuam os impactos ambientais, novos consumidores e consequentemente agregar valor ao seu café".

Para ter acesso ao certificado, todo produtor que utiliza Ciclus pode entregar a documentação comprobatória e passar pelo processo de georreferenciamento e geolocalização para os cálculos de emissão de GEE. Um código QR permitirá ao mercado nacional e internacional acesso à rastreabilidade das informações e ao laudo que comprovam a redução de gases de efeito estufa.

Este certificado autentifica a utilização do produto, a geolocalização da lavoura e a metodologia de cálculos nos padrões do IPCC, assim como as referências dos estudos científicos realizados com o produto.

Assim, o fertilizante Ciclus colabora para a redução da emissão de gás carbônico na atmosfera e gera oportunidades para os produtores que buscam práticas sustentáveis no setor.

Divulgação: Café Brasil

Fonte: Café Brasil

Comunicar erro
Fepi

Comentários

novato