Ginegar será a responsável por trazer uma tecnologia inovadora para solucionar problemas na produção de uvas do Nordeste
Os parreirais de Petrolina (PE), no Vale do São Francisco, são um oásis na caatinga, e isso não é por acaso.A regularidade das estações de chuva e seca no semiárido e as características do solo da região alçaram a cidade nordestina ao posto de maior produtora de uvas no Brasil.
Entretanto, há dois grandes desafios desta produção naquela região: os ventos fortes e as doenças em períodos chuvosos.
Uma solução para esses dois problemas chega ao Brasil em setembro, por meio da Ginegar, uma empresa de origem israelense sediada em Leme (SP), que desenvolveu o "Grape Cover", um filme plástico à base de polietileno aditivado.
Caroline Figueiredo, coordenadora técnica da Ginegar Brasil, explica que o novo filme de cobertura dos tuneis foi desenvolvido a partir de observações em campo feitas por técnicos da empresa que acompanham a produção na região.O início da comercialização do "Grape Cover" está programado para o segundo semestre de 2025.
"A Ginegar sempre trabalhou com filmes que não são apenas guarda-chuvas, mas que otimizam o desempenho agronômico da cultura que está sendo produzida sob o plástico", relata Caroline.O cultivo protegido por meio da plasticultura é uma solução eficiente para as instabilidades do ciclo hidrológico.
Contudo, os filmes de polietileno convencional costumam não resistir ao ambiente e aos insumos agroquímicos aplicados no cultivo da uva em Petrolina, tornando o uso caro eo manejo trabalhoso.
Já a ráfia laminada, que é mais resistente, acumula sujeira e compromete a luminosidade no parreiral, resultando em prejuízos à sua produtividade.
As mudanças climáticas globais e locais são uma ameaça constante à saúde e produtividade das videiras nessa região brasileira.Enquanto os anos mais secos favorecem a produção de uvas de alta qualidade em duas safras anuais, nos anos chuvosos, as safras realizadas entre dezembro e maio enfrentam prejuízos devido a doenças como míldio, cancro bacteriano, ferrugem e podridões, que são difíceis de controlar sem o uso das coberturas plásticas.
Fonte: Da Redação e G1 Sul de Minas