Cinco hectares desta lavoura de café no distrito de Guardinha, em São Sebastião do Paraíso, foram consumidos pelo fogo. Em algumas imagens registradas, foi possível ver a altura das chamas em uma mata que fica próxima ao cafezal. Em menos de uma hora, o incêndio chegou produção.
Queimadas destroem plantações durante período de estiagem em São Sebastião do Paraíso, MG — Foto: Reprodução / EPTV
"Um primo chegou em casa nos chamando, correndo, por volta das duas e meia da tarde, de sábado. Falou que estava pegando fogo no vizinho, do outro lado do rio.
E viemos correndo, tentando conter esse fogo de alguma maneira. No começo, a gente ainda tentou com o trator fazer um aceiro.
Mas infelizmente, aqui a hora que chegou no café, a gente não fez mais nada.
Porque viu que era impossível tentar apagar esse fogo", contou a produtora rural Rita Lataro.
Essa era uma lavoura de dez anos que estava pronta para o período da rebrota.
No dia 21 de agosto, as plantas haviam sido podadas para que pudessem voltar a produzir mais daqui a dois anos.
Mas com o fogo, os troncos agora estão completamente secos, sem vida.
A Rita ainda vai avaliar o comportamento da planta, mas acredita que os 10 mil pés de café queimados terão de ser retirados.
"Tem toco que não tem vida e esse já tá, vai ter que fazer uma replanta aí nesse local", completou a produtora rural.
Queimadas destroem plantações durante período de estiagem em São Sebastião do Paraíso, MG — Foto: Reprodução / EPTV
No fim do mês passado, um incêndio que começou em Santo Antônio da Alegria, interior paulista, ultrapassou o estado e queimou grandes áreas rurais nas regiões da Guardinha e Faxina, em São Sebastião do Paraíso. O fogo só foi controlado três dias depois.
Um levantamento do Corpo de Bombeiros de São Sebastião do Paraíso apontou um aumento de 167,21% de queimadas em vegetação. Foram 102 focos de incêndio a mais nos sete primeiros meses deste ano com relação ao mesmo período do ano passado.
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