Corpo de piloto morto em queda de helicóptero em Cruzília é liberado do IML e encaminhado para Goiânia

Casal que também morreu no acidente foi encaminhado para o IML em Belo Horizonte para exames de confirmação do material genético.

Por Alair de Almeida, Editor e Diretor do Jornal Região Sul em 29/01/2025 às 15:02:52

Saiba quem são as vítimas do acidente de helicóptero que deixou três mortos em MG — Foto: Redes sociais

Saiba quem são as vítimas do acidente de helicóptero que deixou três mortos em MG — Foto: Redes sociais

Segundo informações da funerária Cruzília, o corpo do piloto Fernando André Ferreira, de 46 anos, foi liberado do IML de São Lourenço na noite desta terça-feira (28) para a família.

A Polícia Civil informou que ele foi identificado pelas digitais.

O corpo foi levado até Varginha (MG), onde, por volta de meia-noite desta quarta-feira (29), foi colocado em um voo fretado com destino a Goiânia, onde deve ser velado e sepultado.

A Polícia Civil informou que os outros dois corpos - o casal Lúcio André Duarte, de 39 anos, e Elane Morais Souza, de 37 anos - foram carbonizados e, por isso, foram encaminhados à Belo Horizonte nesta quarta-feira (29) para serem submetidos aos exames necessários de confirmação do material genético das vítimas.


O Acidente em Cruzília

Helicóptero cai em fazenda e deixa três mortos entre Cruzília e Carrancas, no Sul de Minas — Foto: Polícia Militar

Helicóptero cai em fazenda e deixa três mortos entre Cruzília e Carrancas, no Sul de Minas — Foto: Polícia Militar

Três pessoas morreram na queda de um helicóptero usado para pulverização de lavouras na tarde desta segunda-feira (27), em uma fazenda em Cruzília (MG).

Entre as vítimas estão dois funcionários desta fazenda e o piloto do veículo.

O dono da propriedade, Amauri Pinto Costa, disse à EPTV, afiliada TV Globo, que os ocupantes da aeronave tinham saído no helicóptero para ir para uma outra fazenda e estavam retornando ao local de partida quando o acidente aconteceu.

Ainda conforme o dono da fazenda, o acidente aconteceu por volta de 16h.

Segundo ele, o piloto era de Goiânia. Ele prestava serviço de pulverização na fazenda.

Segundo o boletim de ocorrência, funcionários da fazenda relataram para a PM que avistaram a aeronave, que era utilizado para a pulverização da lavoura, tentando pousar e que, de repente, ela girou e bateu com a parte frontal contra o solo.

Ainda segundo informações do boletim de ocorrência, o filho do piloto e sócio da empresa que prestava o serviço de pulverização também estava na fazenda.

Ele teria retirado o corpo do pai para evitar que ele fosse carbonizado.

Os corpos das vítimas foram retirados na manhã desta terça-feira (28) pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados para o IML de São Lourenço (MG) para serem submetidos a exames de necropsia e identificação.

Helicóptero era adaptado

Helicóptero que caiu no Sul de Minas era adaptado para fazer pulverização de lavouras — Foto: Reprodução Redes Sociais

Helicóptero que caiu no Sul de Minas era adaptado para fazer pulverização de lavouras — Foto: Reprodução Redes Sociais

O helicóptero Robinson modelo R44 II, prefixo PR-TIB, foi fabricado em 2009 e tinha capacidade para três passageiros. Ele era adaptado para fazer pulverização de lavouras.

Segundo o registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave pertencia à Cooperativa de Crédito de Livre Admissão da Grande Goiânia Ltda. Conforme o registro da Anac, consta como operadores as empresas HDG Escola de Aviação Civil e Aerogreen Aviação Agrícola LTDA.

A Anac explicou que a operação de uma aeronave por mais de um operador é algo previsto e regulamentado, sendo possível que uma aeronave tenha múltiplos operadores desde que esteja cadastrada para as operações previstas por cada operador e tenha os recursos necessários para as mesmas.

"Deve-se esclarecer que a operação e a propriedade não são diretamente correlacionadas – ou seja, não é necessário que o proprietário da aeronave seja seu operador, o proprietário podendo estabelecer seus operadores por meio de contrato de arrendamento".

Ainda conforme o registro, a aeronave tinha autorização para fazer voos noturnos e era especializada para trabalhos aeroagrícolas.

Segundo o sistema da Anac, a aeronave estava com operação negada para táxi aéreo (transporte comercial de passageiros), mas com situação de aeronavegabilidade "normal". Isso significa que o helicóptero poderia ser usado normalmente pelo dono, para fins particulares.

Três pessoas morrem em queda de helicóptero em Cruzília — Foto: Arte g1

Três pessoas morrem em queda de helicóptero em Cruzília — Foto: Arte g1

Investigações

Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estiveram na tarde desta terça-feira (28) no local do acidente. A equipe coletou informações que vão ajudar na apuração sobre as causas da queda do helicóptero.

Os investigadores do 3º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes, o Seripa, órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, Cenipa, saíram do Rio de Janeiro pela manhã e chegaram ao Sul de Minas no início da tarde desta terça-feira.

Eles usarão técnicas específicas como a coleta e a confirmação de dados, a preservação de elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave ou pela aeronave, além do levantamento de informações necessárias à investigação.


Fonte: G1 Sul de Minas e Da Redação

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