A RĂșssia rejeitou a proposta de cessar-fogo dos EUA na Ucrânia, aumentando a tensão entre os paĂses.
Apesar da rejeição, o governo russo afirmou que estĂĄ levando as ideias dos EUA "a sério".
A resposta russa veio após o presidente Donald Trump expressar irritação com a demora nas negociações de paz.
O vice-ministro das Relações Exteriores da RĂșssia, Sergei Ryabkov, declarou que, embora Moscou leve a sério as propostas americanas, não pode aceitĂĄ-las em sua forma atual.
Ele afirmou que as propostas não abordam as causas fundamentais do conflito, o que é uma exigĂȘncia primĂĄria para a RĂșssia.
"Levamos muito a sério os modelos e soluções propostos pelos norte-americanos, mas não podemos aceitar tudo em sua forma atual", disse Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da RĂșssia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, tentou minimizar as preocupações de Trump, afirmando que Moscou mantém boas relações com Washington.
No entanto, a declaração de Ryabkov sugere que persistem divergĂȘncias significativas entre os dois paĂses.
Apesar das negociações em andamento, a RĂșssia continua demonstrando um desejo de prosseguir com a guerra.
Recentemente, o paĂs ordenou o recrutamento de 160 mil novas tropas, um movimento que contrasta com os apelos de Trump por um cessar-fogo imediato.
"Até onde podemos ver, entre eles não hĂĄ espaço hoje para nossa principal demanda, que é resolver os problemas relacionados às causas fundamentais deste conflito", afirma o ministro russo.
Trump ameaçou impor sanções à RĂșssia se Putin continuar a atrasar um acordo mais amplo.
Putin, por sua vez, insiste que a Ucrânia deve abandonar suas ambições de ingressar na OTAN e ceder o controle total de quatro regiões ucranianas à RĂșssia.
Ryabkov também alertou que ataques à infraestrutura nuclear do Irã teriam consequĂȘncias "catastróficas", defendendo que tais métodos são inadequados e visam impor a vontade dos EUA ao Irã.
Moscou se ofereceu para mediar as negociações entre Washington e Teerã.
A postura da RĂșssia indica uma estratégia de prolongamento do conflito, enquanto busca consolidar seus ganhos territoriais e garantir que suas demandas de segurança sejam atendidas.
A relação entre EUA e RĂșssia segue tensa, com o futuro das negociações incerto.
A situação na Ucrânia continua sendo um ponto de atrito entre as potĂȘncias mundiais, com a RĂșssia demonstrando resistĂȘncia em ceder às pressões internacionais por um cessar-fogo imediato.
Enquanto isso, o governo de Putin fortalece seus laços com o Irã, desafiando a influĂȘncia americana na região.
Fonte: AgĂȘncia Brasil e Da Redação