O aumento de casos de sĂndrome respiratória aguda grave tem levado municĂpios do Sul e Sudeste do paĂs a decretarem situação de emergĂȘncia em saĂșde pĂșblica.
Um exemplo é a cidade de Florianópolis. De acordo com a prefeitura da capital de Santa Catarina, nos Ășltimos dias foi registrado uma elevação significativa nos Ăndices de internações em leitos de unidades de terapia intensiva neonatal, pediĂĄtrica e de adultos.
Segundo o DiĂĄrio Oficial do municĂpio, a medida tem prazo de 180 dias, contados a partir do Ășltimo dia 1ð de maio.
Pelos termos do Decreto, os leitos de retaguarda hospitalares estão 100% ocupados. Esses leitos são destinados a pacientes que não precisam de cuidados intensivos, mas que demandam um ambiente mais tranquilo para se recuperar.
Em meio a esse quadro, o decreto autoriza a contratação de profissionais, de forma temporĂĄria, para a rede municipal de saĂșde.
Além disso, hĂĄ determinação para ampliação da carga horĂĄria dos contratos administrativos em vigor, assim como a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços voltados para o enfrentamento da emergĂȘncia sanitĂĄria.
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CenĂĄrio semelhante também estĂĄ sendo vivenciado em Minas Gerais.
Pelo menos seis cidades mineiras decretaram, nos Ășltimos dias, situação de emergĂȘncia em saĂșde pĂșblica.
O motivo é o mesmo: o aumento de casos de doenças respiratórias.
A lista é composta por municĂpios como Belo Horizonte, Betim, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Pedro Leopoldo e Santa Luzia.
O governo do estado informou que, até o momento, Minas Gerais recebeu 5,7 milhões de doses, distribuĂdas aos municĂpios.
Em 26 de abril, houve a ampliação da vacinação para toda a população acima de 6 meses de idade, com metas de cobertura vacinal de 90%.
De acordo com o Ășltimo Boletim InfoGripe da Fiocruz, tanto Minas Gerais quanto Santa Catarina estão entre os estados com sinal de crescimento na tendĂȘncia de aumento de casos.
Outra unidade da federação que aparece em destaque é Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste do paĂs.
Na capital, Campo Grande, um decreto situação de emergĂȘncia em saĂșde pĂșblica também estĂĄ em vigor.
Informações disponibilizadas pela prefeitura reforçam que as crianças, sobretudo menores de um ano, tĂȘm sido as mais afetadas.
Dos 971 casos de SĂndrome Respiratória Aguda Grave notificados desde o inĂcio do ano, 486 foram confirmados e 66 evoluĂram para óbito.
Entre os vĂrus mais presentes estão o Influenza A, o RinovĂrus e o VĂrus Sincicial Respiratório (VSR) — este Ășltimo comumente associado a quadros graves em crianças menores de seis meses.
Segundo a pesquisadora do Programa do Processamento CientĂfico da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, de maneira geral, em todo o paĂs, as crianças pertencem ao grupo mais afetados por essas enfermidades, de acordo com o Ășltimo levantamento.
"A gente continua observando um aumento das hospitalizações por vĂrus sincicial respiratório, atingindo nĂvel de incidĂȘncia de moderado a muito alto em boa parte da região Centro-Sul, e em muitos estados das regiões Norte e Nordeste do paĂs.
Além disso, temos observado um aumento das notificações de casos de sĂndrome respiratória aguda grave por influenza em muitos estados do paĂs", destaca.
O levantamento também mostra que 18 das 27 capitais registraram incidĂȘncia de sĂndrome respiratória aguda grave em nĂvel de alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendĂȘncia de longo prazo:
Fonte: Brasil 61 e da Redação