Mesmo ainda sem o contato assinado, mas "com a palavra do chefão" Dana White, Amanda vai lutar na categoria peso-mosca (até 57kg), uma acima da peso-palha (até 52kg), em que ela tem três vitórias em três lutas pelo UFC.

A brasileira espera que o confronto diante de Paige VanZant, que ocorria em março e foi desmarcado por lesão da oponente, na categoria em que a adversária está acostumada a lutar, seja "um show".

- Espero um show, porque já que não foi da primeira vez, espero que seja dessa vez. Não vou lutar na minha categoria, nós estamos fechando para ser até 57 quilos, que é a categoria dela. Vou estar mais gordinha e mais fortinha para chegar com mais energia ainda e mostrar o meu trabalho

O duelo da brasileira contra a americana ocorrerá em Abu Dhabi, na estreia da chamada Ilha da Luta montada no país. Amanda Ribas relembra as diferentes emoções que sentiu, em março, na luta sem público pelo UFC – vitória contra a iraquiana Randa Marlos – e fala da oportunidade de estrear a ilha.

- Cada luta é uma expectativa diferente da outra, na outra foi porque não teve público e agora vai ser porque vai ser na Ilha da Luta. Fico imaginando eu andando e ver gente treinando na esquina - comentou.

Ainda destacando a luta anterior, Amanda Ribas afirma que a vitória contra Randa mostrou que ela está "realmente no Top-15 do mundo no UFC". E, agora, conta Paige, é hora de confirmar ainda mais evolução dentro do octógono.

- Na minha cabeça a cada luta vou evoluindo mais e mostrando mais uma área que vou me especializando. [A Randa] é uma oponente muito forte e muito dura. Ela empatou outras lutas, ganhou já de brasileira e ganhando dela, daquela jeito, que foi diferente a pontuação, a minha sendo mais alta, consegui provar que estou realmente no Top-15 do mundo no UFC. Acho que a expectativa para essa luta é tão grande por causa disso, a cada luta venho me mostrando melhor - destacou.

Para buscar a quarta vitória na quarta luta pelo UFC, por conta da pandemia no novo coronavírus, Amanda Ribas faz o treinamento para o duelo inteiramente no Sul de MG, em Varginha, cidade natal da lutadora. Todos os companheiros de treino fizeram exame de Covid-19 e testaram negativo para a doença.

A atleta afirma estar feliz com esta preparação "em casa" e que, para ela, isso vai mostrar para as pessoas que é possível "sair de uma cidade pequena e conquistar o mundo".

- Está sendo muito dura [a preparação], o pessoal não me dá brecha. As meninas aqui são duras demais, os treinos estão muito fortes e fico muito feliz em chegar na academia e energia estar boa. Tenho certeza que não estarei sozinha [na luta], pois sinto a energia de todo mundo no tatame. Vou fazer meu camp todo em Varginha e realmente agora vou poder provar que a gente pode sair do Sul de Minas, de uma cidade pequena, e conquistar o mundo em uma ilha – enfatizou a brasileira.