Baixo nível das Águas dos Lagos de Furnas é prejudicial para as 34 Cidades da região

Prefeitos da região reivindicam aumento da cota do nível das águas

Por Da Redação em 05/03/2020 às 15:59:49
Represa de Furnas: Água em baixo nível prejudicas as 34 cidades da região

Represa de Furnas: Água em baixo nível prejudicas as 34 cidades da região

Brasília: Audiência Pública - 05/03/020

Represa de Furnas: Baixo nível das águas prejudica o Turismo e a Pesca em 34 cidades da região


O baixo nível da represa de Furnas, no Sul e Sudoeste de Minas Gerais, vai continuar sendo motivo de dor de cabeça para os moradores e o setor produtivo dos 34 municípios que têm o lago como base econômica. Pelo menos foi essa sensação que prevaleceu entre os presentes na audiência pública realizada nesta quinta-feira (5), na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Além das terras mineiras, o terceiro maior reservatório do país beneficia os Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.

O principal questionamento dos senadores aos representantes do Operador Nacional do Sistema (ONS) e da Centrais Elétricas Furnas foi o motivo de a represa manter indicadores baixos de níveis de água apesar da região ter registrado fortes chuvas nos últimos meses.

Em dezembro do ano passado, a represa chegou a operar com 12,23% da sua capacidade. Nessa quarta-feira (4), a marca registrada pela Agência Nacional de Águas (ANA) foi de 48,68%, quase metade do volume útil.

Diante dessas marcas, a Associação dos Municípios do Lago de Furnas tem pleiteado junto aos órgãos competentes estabelecer uma cota mínima de operação de 762 metros acima do nível do mar, três a menos da máxima.

Esse indicador é considerado o mais seguro para atender a todos os setores, como turismo e geração de energia elétrica. Mas, desde o primeiro semestre do ano passado, tem ocorrido uma queda frequente do nível do reservatório. Hoje, a represa tem registrado média de 760 metros de cota.

O diretor-presidente de Furnas, Luiz Carlos Ciocchi, reconheceu a situação "calamitosa" do reservatório e afirmou que a empresa cumpre as determinações do ONS e não pode estabelecer o nível dos reservatórios.

Ele ainda disse que o baixo nível de Furnas é resultado das poucas chuvas registradas nos últimos anos. Também foi ressaltado pelo executivo que a cota é definida pelo ONS e pela ANA.

Já o diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira, declarou desconhecer quem seria o responsável por determinar essa cota. Ele garantiu que é de interesse do órgão a grande quantidade de água nos lagos, mas que por Furnas estar entre os três maiores reservatórios do país, requer um grande volume de chuvas para transbordar.

"Desde 2012, as regiões Nordeste e Sudeste do país vêm passando por uma recessão climática muito forte, com chuvas muito abaixo da média, que tem impedido que recuperemos os níveis dos reservatórios", explicou.

Autor do requerimento da audiência, o líder do DEM no Senado, Rodrigo Pacheco (MG), vai solicitar ao Instituto de Criminalística da Polícia Federal uma perícia para apurar se o baixo nível da represa deve-se ao desvio da água do lago para ser usada no abastecimento da hidrovia Paraná-Tietê, em São Paulo.

Fonte: Jornal "O Tempo"

Assembleia Legislativa de Minas debate nível das águas dos Lagos de Furnas

Pensando na região do Lago de Furnas, o deputado Professor Cleiton solicitou a reunião

Voltando os olhos para população do Sul de Minas e a para economia do estado de Minas Gerais, o Deputado Estadual Professor Cleiton vem lutando, desde o início de seu mandato, pela manutenção da cota 762 para o Lago de Furnas.

No dia 12 de dezembro de 2019 o Deputado apresentou, na Comissão Extraordinária de Turismo e Gastronomia, mais um requerimento defesa do Lago de Furnas. Como fruto desse requerimento, acontecerá no dia 9 de março de 2020, próxima segunda feira, outra audiência pública que terá o lago como foco, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Diferente da primeira audiência que o Professor Cleiton solicitou, pela Comissão de Minas e Energia, essa reunião irá debater o desenvolvimento e a situação atual do turismo náutico na região do "Mar de Minas". Isso porque, para o Deputado, o Lago de Furnas é um patrimônio do Povo Mineiro e da Região e sendo imprescindível para a recuperação da economia de Minas Gerais, especialmente pelo seu potencial turístico.

Tendo dimensão da importância da participação popular o deputado convida a todos que dependem de alguma maneira do Lago. O Deputado afirmou que "Mais do que nunca, precisamos estar juntos para defender o que é de direito dos mineiros. As pessoas precisam entender que o turismo, na região do Sul de Minas, tem potencial de mola propulsora para a economia mineira, consequentemente para retirar o nosso Estado da crise.".

Professor Cleiton afirmou ainda que as baixas enfrentadas pelo Lago de Furnas têm levado muito sofrimento para a população do sul do estado. " nos últimos tempos as pessoas têm tido grandes prejuízos ligados à pesca, ao comércio, a hotelaria e ao turismo de forma geral. O número de pessoas que perdeu o emprego por conta da situação do lago é grande e isso precisa mudar." contou.

Vale lembrar que a audiência acontecerá na próxima segunda (9), no Auditório José Alencar, às 15h30min, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

Na luta pelo Lago de Furnas – Retrospectiva do Mandato

A luta pelo Lago de Furnas teve início em março do ano passado, no segundo mês do mandato do Professor Cleiton. Naquela época, após receber as denúncias de que as águas estavam sendo desviadas, ele apresentou o primeiro requerimento (nesta legislatura) para que fosse realizada, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, uma Audiência Pública em favor do Mar de Minas.

Na reunião, que aconteceu no dia 14 de maio de 2019, foi cobrado que a cota mínima do lago fosse cumprida. O deputado apresentou o fato de que Furnas realmente tem desviado nossas águas para abastecer a Hidrovia Paraná-Tietê e cobrando explicações da empresa. "Afinal, negociaram um bem dos mineiros sem que nenhum de nós estivesse presente", destacou o deputado.

Como resultado dessa audiência foi lançada a Frente Parlamentar Itamar Franco, que tem como uma de suas principais bandeiras a defesa pela cota mínima de 762 metros para o reservatório.

Já, no dia 17 de fevereiro de 2020, O mandato do Professor Cleiton apresentou na ALMG uma proposta de emenda constitucional (PEC) que estabelecerá os Lagos de Furnas e Peixoto como patrimônio do povo mineiro. Tal ato, obrigará Furnas a cumprir a cota mínima do nível da água!

Para entender mais sobre a emenda assista o vídeo no LINK: https://youtu.be/tt0RqgPlwqc ou acompanhe a PEC no LINK:

https://www.almg.gov.br/atividade_parlamentar/tramitacao_projetos/interna.html?a=2020&n=52&t=PEC

Fonte: Larissa Magnavita – Jornalista/ Assessora de Comunicação

Ascom Deputado Estadual Professor Cleiton

Foto: Willian Dias – ALMG

Fonte: Jornalista Larissa Magnavita - Ascom / dep. est. Prof. Cleiton

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