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SMG: Lagos de Furnas seca

Convivendo com seca há quase 10 anos, falta de água faz Lago de Furnas virar pasto no Sul de Minas

Cota das águas nos Lagos de Furnas está abaixo do normal


A seca de quase

10 anos, pela

falta de água,

faz Lago de

Furnas virar

pasto no

Sul de Minas


Comerciantes e pescadores que dependem do lago convivem com perdas há quase uma década; situação pode piorar ainda mais até novembro. A baixa do nível do Lago de Furnas no Sul de Minas fez o reservatório artificial que abastece a Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra (MG), virar praticamente um pasto na maioria das cidades que utilizam o lago para urismo e sustento de pescadores e piscicultores. Há cerca de 10 anos, comerciantes e pescadores que dependem do turismo e da criação de peixes sofrem com as constantes secas do lago, que também é habitat natural de diversas espécies de animais.



Hoje o nível do Lago de Furnas está em 37% de sua capacidade total, mas a situação pode piorar ainda mais. Nesta semana a Agência Nacional de Águas (ANA) fez uma declaração inédita de escassez de recursos hídricos e estabeleceu um limite mínimo para o lago até novembro, de 15%.

Turismo e outras atividades acumulam

prejuízos com a baixa do nível do Lago

de Furnas


Ponte das Amoras, entre Alfenas e Campos Gerais já foi a mais extensa do Brasil. Tem 1.128 metros de extensão

O motivo para a declaração feita pela ANA é a previsão de falta de chuvas, que pode deixar a situação dos reservatórios ainda mais crítica e impactar também na produção de energia elétrica.


Lagos de Furnas abastecem oito Hidrelétricas, isso também pode ser a acusa , além da falta de chuva

Presidentes de associações e prefeitos de cidades que ficam às margens do lago pedem que a cota mínima do lago seja de 762 metros. Com os 15% de limite mínimo estabelecidos pela ANA, esse nível ficaria em torno de 754.


Capitólio, no Sul de Minas, linda cidade com Canyons e belas Cachoeiras

Esse volume é muito pouco para quem precisa da água para o turismo. Quem vive isso de perto é o comerciante Miguel Barbosa, dono de uma pousada em Alfenas (MG), que já chegou a ter 76 funcionários, mas por causa da falta da água e o impacto no turismo, hoje só tem 12.


"Já faz 10 anos que está com essa seca, nós estamos vivendo, como disse o próprio governador, que esteve na região ontem, isso virou um mar de lama. Faz 9 anos que nós vivemos um prejuízo incalculável, tínhamos 76 funcionários, hoje reduzimos para 10, 12, então hoje estamos passando por uma dificuldade muito grande", disse o comerciante.

Comerciantes dizem que a cota mínima pedida de 762 metros ainda não é ideal, mas já ajudaria quem depende do lago a sobreviver.

Lago de Furnas quando atingiu 15%, proposto como mínimo

pela ANA, em dezembro de 2020


"Não é o melhor, mas já ajuda muito e recupera bastante as nossas economias. Nesses 50 anos desde que a represa foi inaugurada, nós tivemos uns quatro ou cinco esvaziamentos do lago. Agora nesses últimos 10 anos, está direto e quando essa água sobe, vem rapidamente e desce rapidamente, causa um desequilíbrio ecológico muito grande. Os animais que vão à procura de água, gostam dessa beira do rio e de repente a água desce e sobe de novo, eles saem à procura de novo habit e causa muitos acidentes", disse ele.



Considerada a maior caixa d´água do Brasil, o lago artificial de Furnas foi criado na década de 1950 para abastecer a Usina Hidrelétrica de Furnas, até hoje uma das mais importantes para a geração de energia elétrica do país. Na época, várias cidades do Sul de Minas foram inundadas e a população precisou ser deslocada. Até hoje, quando a água baixa, é possível reviver o passado e ver ruínas de construções antigas que foram cobertas pela água.

Declaração da ANA

Nesta semana, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou a chamada situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos da Região Hidrográfica do Paraná, que inclui os principais rios do Sul de Minas.



A medida da agência permite agora decisões temporárias até o fim de novembro, com a adoção de mudanças no funcionamento dos reservatórios para tentar economizar água até o fim do período da seca. Uma possibilidade é a alteração nos volumes de água das outorgas já concedidas.

Hidrelétrica de Furnas, em São José da barra, em março de 2017

Furnas Centrais elétricas / Divulgação



O Sistema Nacional de Meteorologia emitiu alerta na semana passada prevendo que as chuvas devem ficar na média ou abaixo dela até novembro e sem previsão de conseguir manter o nível dos reservatórios do país.


G1 Sul de Minas , ALAGO e Prefeituras Municipais - ANA

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