Brasil
tem recorde
de 3.058
casos de
coronavírus em
24 horas e
mais 204 mortes
O Brasil registrou nesta quarta-feira um recorde de casos de infecção pelo novo coronavírus em 24 horas, com 3.058 pessoas, chegando a um total de 28.320 confirmações da Covid-19, informou o Ministério da Saúde.
O número desta quarta-feira representa o maior aumento diário de casos desde o início da pandemia, superando os 2.210 registrados em 8 de abril.
Nesta quarta-feira o Brasil também registrou aumento de 204 mortes em consequência do novo coronavírus, igualando o recorde da véspera e totalizando 1.736 óbitos em decorrência da Covid-19.
A taxa de letalidade da Covid-19 no país é de 6,1%, de acordo com os números do ministério.
São Paulo continua sendo o Estado com o maior número de casos, com 11.043, uma aceleração na alta de 1.672 na comparação com a terça-feira, e possui também a maior quantidade de óbitos do país, 778, um aumento de 83 ante a véspera.
O Rio de Janeiro vem a seguir em números absolutos, com 3.743 casos e 265 mortes.
Com ideias similares às de Bolsonaro, Turquia tem isolamento vertical e já passa dos 65 mil casos de coronavírus
A Turquia vive hoje uma situação similar à do Brasil: enquanto alguns defendem que cidades sejam fechadas, o presidente do país Recep, Tayyip Erdogan, bate na tecla de que a economia não pode parar. Já são 65 mil casos confirmados de novo coronavírus e 1.400 mortes pela Covid-19.
Outra similaridade entre Turquia e Brasil é o isolamento vertical, sugerido por Bolsonaro. Lá, essa política está efetivamente em prática. Idosos, crianças e adolescentes devem ficar em casa e, quem descumprir a medida pode ser multado. Quem tem entre 20 e 65 anos pode continuar circulando.
O uso de máscaras é obrigatório para quem sair às ruas.
Na última segunda-feira, Erdogan agradeceu aos que continuam trabalhando, mas pede que a população fique em casa.
A posição do ministro da Saúde turco, Fahrettin Koca, é similar à de Luiz Henrique Mandetta: é preciso ficar em casa. Ele usou as redes sociais para reforçar que, para enfrentar o coronavírus, a Turquia precisa do isolamento social.
As medidas tomadas por Erdogan, no entanto, não são rigorosas e não incentivam a quarentena.
Moscou será uma 'nova Nova York' em número de mortes por coronavírus, alerta virologista russo
Moscou está se encaminhando para um surto de coronavírus semelhante ao que devasta Nova York, alerta um importante virologista russo, citado pelo jornal britânico "Daily Mail". O professor Sergei Netesov, da Universidade de Novosibirsk, diz que a capital da Rússia enfrenta uma grande crise, com hospitais já em estágio de emergência e o serviço de saúde no limite.
As ruas geralmente lotadas de Moscou e a população de 12 milhões de habitantes tornam a cidade o local ideal para a epidemia da mesma maneira que Nova York, explica o virologista, alertando que as medidas de isolamento podem ter chegado tarde demais.
"As ruas de Nova York estão lotadas, especialmente em Manhattan, o mesmo que temos no Garden Ring em Moscou", diz Netesov, ex-chefe do laboratório Vector, que está na linha de frente dos testes e dos esforços russos para encontrar uma vacina: "As pessoas se comunicando ativamente, acostumadas a comer fora duas ou três vezes por dia. Existem muitas condições para a doença se espalhar, por isso que temos um surto assim. Teremos o mesmo cenário de Nova York, especialmente em Moscou. Suspeito muito disso, embora não queira".
A cidade americana passou na manhã desta quarta-feira dos 111 mil casos de Covid-19, com quase 11 mil mortos. A capital russa tem mais 14 mil casos, com 88 mortes.
"A Rússia está no estágio inicial da epidemia. Nós praticamente obtivemos 80% dos novos casos em questão de uma semana. A taxa de mortalidade é calculada com base naqueles que foram infectados há duas, três ou quatro semanas atrás. Nossos números ainda não estão mostrando a imagem real. Estamos vendo apenas a ponta do iceberg porque não sabemos quantos casos assintomáticos temos", explica o virologista.