Da Redação, G1 Sul de Minas e Unifal-MG
Estudo agora se aprofunda em saber como é a vida pós-covid dessas pessoas. Uma pesquisa da Universidade Federal de Alfenas (MG) apontou que quase metade dos pacientes que foram internados pela doença na cidade eram hipertensos. O estudo agora se aprofunda em saber como é a vida pós-covid dessas pessoas. O estudo contou com a ajuda de professores e estudantes do curso de enfermagem. O levantamento mostrou que 48,3% das pessoas com pressão alta foram internadas. Participaram da pesquisa 217 moradores de Alfenas que tiveram covid. 56,7% deles disseram ter pressão alta. As mulheres com idade entre 60 e 69 anos representaram 40% dos casos de internação. A maioria dos pacientes hipertensos procurou tratamento para complicações da covid. Pesquisa da Unifal-MG aponta que hipertensos foram maioria entre os internados por Covid-19"Nesta convivĂȘncia com essas pessoas pós-covid nós percebemos o quão tem sido difĂcil para elas em decorrĂȘncia de vĂĄrias complicações e também em decorrĂȘncia das dificuldades na adesão ao tratamento no pós-covid. Então observamos que essas pessoas tiveram alterações nos seus nĂveis pressóricos, observamos que essas pessoas tĂȘm apresentado muitas dores musculares e isso tem levado à fadiga e dificuldades nas atividades de vida diĂĄria", disse a professora de enfermagem da Unifal-MG, Silvana Maria Coelho Leite Fava.O estudo, que estĂĄ na Ășltima fase, ainda pretende identificar por meio de contato telefônico com pacientes o que ainda hĂĄ de queixas causadas pela doença. Até agora as principais complicações identificadas foram referentes ao sangue, sistemas nervoso e circulatório. "A gente observava que os pacientes que eram mal controlados, que não tinham um controle tão adequado dos nĂveis pressóricos, que eram hipertensos de longa data, eles tinham uma facilidade e uma maior chance de complicação, aumentavam a mortalidade desses pacientes, então esses pacientes necessitavam de internações na UTI com mais frequĂȘncia e eles evoluĂam à morte também com mais frequĂȘncia. Então a mortalidade nessa classe dos pacientes hipertensos, que a gente considera dos pacientes com comorbidade, foi muito mais acentuada no nosso serviço, a gente notou bem isso", disse o cardiologista Olavo Guimarães JĂșnior.