Uma pesquisa, realizada pela Universidade Federal de Alfenas (MG), gerou um diagnóstico inicial da identidade dos moradores do Sul de Minas.Com base em características culturais, sociais, econômicas e políticas, os resultados apontaram que a população sul-mineira é, em sua maioria, satisfeita com a qualidade de vida na região.Segundo o professor Marcelo Rodrigues Conceição, que é coordenador do projeto, a pesquisa foi pensada pelo curso de Ciências Sociais, com objetivo de traçar um diagnóstico sobre a região e verificar se as três grandes regiões metropolitanas que ficam ao redor (São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro) exercem influência no Sul de Minas."Por sermos moradores de outras regiões do país, quando chegamos na universidade, [havia a necessidade de] entender se há uma identidade sul-mineira, quais são as características, o que pensam os moradores, o que esperam do futuro".Sobre a pesquisaEntre maio e junho de 2022, foram realizadas 1.320 entrevistas com moradores em 20 municípios da região. Com nível de confiança de 95%, a pesquisa contou com coleta domiciliar registrando dados quantitativos. O resultado inicial foi divulgado em fevereiro deste ano.Entre as informações levantadas há dados sobre perfil e composição familiar; trabalho, renda, consumo, poupança; religião, valores e expectativas de futuro; opinião pública, comportamento político e mídias sociais; violência, tolerância e direitos humanos, educação e saúde."Os resultados podem ser úteis para gestão, para desenvolvimento de políticas públicas e para verificação, por exemplo, de como os serviços são avaliados", comenta o professor.Em resumo, a pesquisa aponta que na percepção dos moradores, o Sul de Minas é a melhor região para se viver com qualidade; é a região mais rica do estado e conserva bem suas paisagens naturais, e onde os serviços públicos são bem avaliados. Além disso, a família e a religião são pontos essenciais na composição da identidade sul-mineira.Memorial do ET, Vila Paiva Varginha (MG): Sul de Minas é a melhor região para se viver com qualidade, aponta pesquisa da Unifal
Veja alguns dos principais resultadosPopulação:Constituído por 162 municípios, o Sul de Minas conta com 2.955.460 habitantes, o que representa 13,4% do total da população do estado de Minas Gerais;Na região, 82% da população é urbana e 18% rural;Mais de 87% dos entrevistados estudaram em escolas públicas (municipal ou estadual) no ensino fundamental;Origem e Permanência:Cerca de 44,8% dos moradores nasceram no município onde residem;Pelo menos 28,4% estão há mais de 20 anos no mesmo município;Estar com a família, oportunidade de trabalho e ter nascido na cidade são os principais motivos para permanecer no município da região; Economia:Para metade dos entrevistados não é nem fácil nem difícil pagar as contas;Pelo menos 29,8% da população fez empréstimo para quitar dívidas;O setor de Comércio e Serviços é o setor que mais movimenta o Produto Interno Bruto (PIB) da região, representando 44,6% de todos os bens e serviços.Problemas sociais:Fatores como desemprego, saúde e violência são os principais problemas destacados pelos moradores;Em Alfenas e Poços de Caldas, o maior problema apontado é a violência; enquanto em Varginha, o maior problema é o desemprego;Produção agrícola:Daqueles que vivem na zona rural, 33,6% estão envolvidos na produção agrícola, com destaque para produção de milho, horticultura e feijão;Dos moradores da zona urbana, 13,8% possuem parentes envolvidos na produção, sendo a maioria produtores de café;Políticas sociais:O transporte público é o serviço com pior avaliação e também o mais ausente;Iluminação pública e fornecimento de água são os serviços com melhor avaliação;Mais de 79% dos moradores utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS);Cerca de 44,6% utilizam plano de saúde, principalmente, as pessoas com mais renda;Varginha é a cidade referência para tratamentos de saúde na região;Mídias sociais e socialização:Mais de 87% da população usa a internet todos os dias;Cerca de 83,2% usam internet através do celular;Sobre o uso da internet, pelo menos 57,3% utilizam para lazer e 32,1% para se informar;Lazer:Cerca de 59,6% dos entrevistados apontam que passear em parques, praças e cachoeiras é a principal atividade de lazer;As representações culturais na região se concentram em festas religiosas;Turismo:Os principais pontos turísticos mencionados ficam nas cidades de Poços de Caldas, no Circuito das Águas e em São Tomé das Letras;A população de Alfenas cita Furnas como ponto turístico, a de Poços de Caldas cita a própria cidade, e a de Varginha cita o Circuito das Águas;Lago de Furnas, Alfenas (MG): Sul de Minas é a melhor região para se viver com qualidade, aponta pesquisa da Unifal
O futuro da pesquisaConforme o professor Marcelo, há expectativas que a pesquisa seja retomada e ganhe sequência nos próximos anos. No entanto, ainda não está definida a periodicidade, mas a expectativa é replicá-la ao longo do tempo e, assim, gerar cada vez mais dados sobre o Sul de Minas. A partir de agora, os pesquisadores devem fazer análises específicas com temas, que futuramente se transformarão em artigos e em relatórios que serão colocados à disposição de quem se interessar. "Colocamos os dados gerais e pretendemos explorar alguns desses dados. Também ficaremos à disposição para que as pessoas, entidades e os municípios questionem; nos procurem para que a gente faça outros tipos de análise que interessem especificamente a alguns segmentos", finaliza o coordenador do projeto.
Veja alguns dos principais resultadosPopulação:Constituído por 162 municípios, o Sul de Minas conta com 2.955.460 habitantes, o que representa 13,4% do total da população do estado de Minas Gerais;Na região, 82% da população é urbana e 18% rural;Mais de 87% dos entrevistados estudaram em escolas públicas (municipal ou estadual) no ensino fundamental;Origem e Permanência:Cerca de 44,8% dos moradores nasceram no município onde residem;Pelo menos 28,4% estão há mais de 20 anos no mesmo município;Estar com a família, oportunidade de trabalho e ter nascido na cidade são os principais motivos para permanecer no município da região; Economia:Para metade dos entrevistados não é nem fácil nem difícil pagar as contas;Pelo menos 29,8% da população fez empréstimo para quitar dívidas;O setor de Comércio e Serviços é o setor que mais movimenta o Produto Interno Bruto (PIB) da região, representando 44,6% de todos os bens e serviços.Problemas sociais:Fatores como desemprego, saúde e violência são os principais problemas destacados pelos moradores;Em Alfenas e Poços de Caldas, o maior problema apontado é a violência; enquanto em Varginha, o maior problema é o desemprego;Produção agrícola:Daqueles que vivem na zona rural, 33,6% estão envolvidos na produção agrícola, com destaque para produção de milho, horticultura e feijão;Dos moradores da zona urbana, 13,8% possuem parentes envolvidos na produção, sendo a maioria produtores de café;Políticas sociais:O transporte público é o serviço com pior avaliação e também o mais ausente;Iluminação pública e fornecimento de água são os serviços com melhor avaliação;Mais de 79% dos moradores utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS);Cerca de 44,6% utilizam plano de saúde, principalmente, as pessoas com mais renda;Varginha é a cidade referência para tratamentos de saúde na região;Mídias sociais e socialização:Mais de 87% da população usa a internet todos os dias;Cerca de 83,2% usam internet através do celular;Sobre o uso da internet, pelo menos 57,3% utilizam para lazer e 32,1% para se informar;Lazer:Cerca de 59,6% dos entrevistados apontam que passear em parques, praças e cachoeiras é a principal atividade de lazer;As representações culturais na região se concentram em festas religiosas;Turismo:Os principais pontos turísticos mencionados ficam nas cidades de Poços de Caldas, no Circuito das Águas e em São Tomé das Letras;A população de Alfenas cita Furnas como ponto turístico, a de Poços de Caldas cita a própria cidade, e a de Varginha cita o Circuito das Águas;Lago de Furnas, Alfenas (MG): Sul de Minas é a melhor região para se viver com qualidade, aponta pesquisa da Unifal
O futuro da pesquisaConforme o professor Marcelo, há expectativas que a pesquisa seja retomada e ganhe sequência nos próximos anos. No entanto, ainda não está definida a periodicidade, mas a expectativa é replicá-la ao longo do tempo e, assim, gerar cada vez mais dados sobre o Sul de Minas. A partir de agora, os pesquisadores devem fazer análises específicas com temas, que futuramente se transformarão em artigos e em relatórios que serão colocados à disposição de quem se interessar. "Colocamos os dados gerais e pretendemos explorar alguns desses dados. Também ficaremos à disposição para que as pessoas, entidades e os municípios questionem; nos procurem para que a gente faça outros tipos de análise que interessem especificamente a alguns segmentos", finaliza o coordenador do projeto.
Da Redação e G1 Sul de Minas/Unifal