Se continuar
nessa curva
o Brasil vai
alcançar
120.000 mortes,
passando os
Estados Unidos
nas próximas semanas
"Não há dúvida de que o epicentro dessa pandemia está se mudando para o Brasil. Mas, no Brasil, a pandemia encontrará uma população muito, muito precária", alerta o médico epidemiologista e presidente do International Longevity Center-Brazil, Alexandre Kalache, em entrevista para o Financial Times, sobre a situação da COVID-19 nas Américas.
"Se continuarmos nessa curva, alcançaremos 120.000 mortes. Podemos alcançar o total dos Estados Unidos nas próximas semanas", defende o epidemiologista. Isso porque o número de infecções da COVID-19 segue em escalada pelo país. Ontem (24), o Ministério da Saúde registrava 363 mil casos de coronavírus, enquanto isso, na semana passada (17), eram apenas 241 mil casos.
Além disso, nove estados brasileiros já registram mais de 10 mil casos da infecção respiratória confirmados.
Além disso, nove estados brasileiros já registram mais de 10 mil casos confirmados. Segundo o Ministério da Saúde, até ontem (24), eram eles: São Paulo (82 mil contaminados); Rio de Janeiro (37 mil); Ceará (35 mil); Amazonas (29 mil); Pernambuco (27 mil); Pará (24 mil); Maranhão (21 mil); Bahia (13 mil); Espírito Santo (10 mil).
É paradoxal que, enquanto parte do mundo se prepare para a reabertura da economia com o controle de novos casos da COVID-19, outras regiões do mundo ainda enfrentem um clima bem mais grave de guerra contra o vírus. Segundo Jean-François Toussaint, professor de Fisiologia na Universidade de Paris, já é possível ser otimista em relação ao fim da pandemia em alguns pontos.
Em entrevista para a France Info, o professor explica que a propagação do coronavírus na França teve queda de 95% em relação ao pico da crise, entre fim de março e começo de abril. "O risco não desapareceu, mas é bem menor", defende.
Toussaint ainda lembra que "na Europa e no mundo, a mortalidade diminuiu em 50% em relação ao pico de 16 de abril. A doença recuou e até mesmo sumiu em 50 regiões do mundo". Esses são os casos da Nova Zelândia que está reabrindo, inclusive, suas escolas. No entanto, o pesquisador alerta sobre a probabilidade de uma segunda onda de COVID-19, caso os países relaxem demais em suas medidas de segurança.
Fonte: Yahoo PRESS