Casas correm
risco de queda
após chuvas em
Paraisópolis, Minas.
Prefeitura informou que cerca de 40 famílias necessitam de auxílio. Imóveis foram interditados pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil.
O Prefeito de Paraisópolis, Éverton de Assis, disse que já no último domingo, quando começaram as chuvas, a prefeitura já estava nas ruas dando os primeiros socorros à população.
"Hoje nossas equipes já estão fazendo medidas paliativas em vários pontos da cidade. Tivemos uma segunda tromba d"água, na terça-feira, que prejudicou um pouco aos trabalhos. O muro que foi rompido vai ser reestabelecido. Futuramente, vamos trocar as manilhas porque em virtude das chuvas que continuam nesse período, não podemos mexer nessas manilhas ainda. Também colocamos sacos de areia para contenção desses problemas", explicou.
Algumas casas foram interditadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil. Sobre as famílias que ficaram desalojadas, ele explicou que elas já estão sendo assistidas pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras).
"Há casas com risco de queda. Temos 40 pessoas assistidas pelo Cras. Elas estão no aluguel social ou no combustível social [para as que vivem na zona rural e se deslocam pra cidade para trabalhar]. Estamos dando assistência para essas famílias dentro da nossa possibilidade", finalizou.
Casas correm risco de queda após chuvas em Paraisópolis (MG) — Foto: Reprodução/EPTV
Problema antigo
Para Dimas Souza os problemas provocados pelas chuvas são antigos. "Sempre desceu essa água aqui e todos os prefeitos que agente procurou, nenhum resolveu nosso problema. Ali estourou um muro ali e água invadiu minha casa", afirmou.
A enxurrada desce acumulada de áreas mais altas e, por onde passa, tem danificado o calçamento das vias. O problema no bairro já perdura por mais de 20 anos. Em 2008, a prefeitura mandou colocar manilhas para resolver o problema. Mas e acordo com os moradores, a água não tem passado pelas manilhas. Nas chuvas do último domingo, a terra que cobria as manilhas foi levada pela água, juntamente com dois muros de contenção. Uma medida paliativa encontrada pela prefeitura foi a colocação de sacos de areia foram colocados no lugar do muro.
Para Talita Aparecida, morar no local traz insegurança. "Aqui a gente dorme com medo, olha pro céu com medo, é chuva um pouco mais intensa que já dá medo Não dorme, nem dorme mais e há anos", desabafou.
Dimas é um dos moradores que já buscaram ajuda. Ele foi ao Cras, mas foi informado que, por enquanto, não existe solução.
"Aqui ninguém tá tendo sossego. Eu estou cansado de procurar eles. Um joga pro outro e ninguém resolve nada. Enquanto isso, a gente tá aqui correndo risco de vida, cair a casa em cima da gente", disse.
G1 Sul de Minas