Família vítima de queda de paredão em Capitólio teve velório conjunto em ginásio de Serrania, MG — Foto: Deborah Morato/EPTV
Família vítima de queda de paredão em Capitólio teve velório conjunto em ginásio de Serrania, MG — Foto: Deborah Morato/EPTV
Vítimas de queda de paredão em Capitólio são enterradas em SP e MG
Marlene Augusta Teixeira da Silva e Sebastião Teixeira da Silva são pais de Geovany Teixeira da Silva e avós de Geovany Teixeira da Silva. Antes de serem enterrados, eles foram velados de maneira conjunta no ginásio poliesportivo da cidade.
Sebastião Teixeira da Silva, de 64 anos, era conhecido em Serrania. Ele serviu à Polícia Militar por cerca de 30 anos. Ao lado do caixão dele, foi colocado o da esposa, Marlene Augusta, que tinha 57 anos.
Em sequência, foram colocados os caixões do filho Geovany, de 37 anos, e o neto Geovany Gabriel, de 14. O corpo do adolescente foi coberto pela bandeira do centro de atendimento à criança Artur Henrique Sarto Garcia, que frequentava desde os cinco anos de idade.
Família vítima de queda de paredão em Capitólio é enterrada após velório conjunto em Serrania, MG — Foto: Velber Viana/EPTV
A última vítima do acidente de Capitólio foi identificada no início da tarde desta segunda-feira (10). Ao todo, dez pessoas morreram após o desabamento de rochas no cânions. A décima pessoa a ser identificada é Carmem Pinheiro da Silva, de 43 anos, natural de Cajamar (SP).
As dez vítimas da tragédia em Capitólio foram identificadas. — Foto: montagem/g1
Na manhã desta segunda, outras quatro pessoas também foram identificadas: Geovany Teixeira da Silva, de 37 anos; Geovany Gabriel Oliveira da Silva, 14 anos, Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35 anos e o piloto da lancha Rodrigo Alves dos Anjos, 40 anos.
Geovany Teixeira e Geovany Gabriel eram pai e filho. Thiago era primo de Geovany Teixeira. Todas as vítimas do acidente estavam na mesma lancha que tinha o nome de "Jesus", segundo o delegado regional da Polícia Civil, Marcos Pimenta.
Eles estavam hospedados em um rancho em São José da Barra (MG) e eram familiares e amigos. O dono da pousada era proprietário da lancha e também parente das vítimas. O piloto era funcionário dele, de acordo com informações da polícia.
Deslizamento de pedra atinge embarcações nos Canyons de Furnas em Capitólio
Julio Borges Antunes, 68 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais
Maycon Douglas de Osti, 24 anos, uma das vítimas da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais
Camila da Silva Machado, de 18 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais
Sebastião Teixeira da Silva, de 67 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais
Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais
Geovany Teixeira da Silva, de 37 anos; vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Redes Sociais
Geovany Gabriel Oliveira da Silva, de 14 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Redes sociais
Thiago Teixeira da Silva Nascimento, 35 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Redes sociais
Rodrigo Alves dos Anjos, 40 anos; vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Redes sociais
Carmem Pinheiro da Silva, de 43 anos; vítima do acidente em Capitólio — Foto: Redes sociais
Ainda não se sabe o que provocou o acidente. Além da Polícia Civil, a Marinha informou que um inquérito será instaurado para apurar as causas do deslizamento de pedras no Lago de Furnas.
O prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (Progressista), disse em entrevista coletiva neste domingo que nunca havia ocorrido acidente como este e, por isso, não há um estudo ou análise geológica sobre os paredões.
No domingo, o prefeito já tinha anunciado o fechamento do turismo aquático na cidade. Segundo ele, estão fechadas as entradas dos cânions e também do local conhecido como Cascatinha.
Também neste domingo, Furnas Centrais Elétricas divulgou uma nota sobre o acidente. A concessionária lamentou as mortes e disse se solidarizar com as famílias. Furnas esclareceu ainda que "utiliza a água do lago para a geração de energia elétrica e que a fiscalização dos demais usos, incluindo o turismo, competem à Marinha e aos poderes públicos locais".
Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 32 pessoas foram atendidas por causa do acidente, a maioria com ferimentos leves.
Dessas, 27 foram atendidas e liberadas: 23 delas da Santa Casa de Capitólio e outras 4 da Santa Casa de São José da Barra, a 46 km de Capitólio.
A região de Capitólio e outras cidades banhadas pelo Lago de Furnas, no Centro-Oeste de Minas, é bastante procurada por turistas por sua beleza natural.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, Pedro Aihara, explicou que a formação rochosa do local é do tipo sedimentar, o que torna as estruturas dos paredões frágeis, e a quantidade de chuvas agravou a situação por acelerar a erosão. Veja a explicação sobre a situação do solo:
Forma como rocha caiu em Capitólio (MG) agravou situação, diz bombeiro
Se houvesse monitoramento, seria possível prever desplacamento e delimitar a área, diz geólogo
"Pelas imagens, dava para perceber que as pedras estavam caindo", diz especialista em gerenciamento de riscos
Pedra desliza sobre turistas em Capitólio — Foto: Reprodução
Fonte: G1 Sul de Minas e Prefeituras Municipais