Sindicato estima que empresas do Vale da Eletrônica passarão a produzir chips e semicondutores ainda este ano

Por Jornalista Alair de Almeida, Diretor e Editor do Jornal Região Sul em 11/04/2022 às 14:52:12
Queda no fornecimento de insumos tem gerado problemas para as empresas de eletrônica, que não conseguem matéria-prima para manter a produção e cumprir prazos em Santa Rita do Sapucaí. Atraso na compra e entrega de insumos afeta produção de chips em Santa Rita do Sapucaí, MG

O Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica, em Santa Rita do Sapucaí (MG), pretende que as empresas do município possam produzir a partir deste ano na cidade chips e semicondutores.

A queda no fornecimento de insumos tem gerado problemas para as empresas de eletrônica, que não conseguem matéria-prima para manter a produção e cumprir prazos em Santa Rita do Sapucaí.

As empresas da cidade têm tido prejuízos porque estão com dificuldades para comprar e receber componentes eletrônicos. E mesmo quando conseguem adquirir essas peças, o prazo de entrega dos fornecedores é muito longo.

Só em Santa Rita do Sapucaí, são mais de 170 pequenas e médias empresas nas áreas de eletrônica, automação industrial, telecomunicações, software, eletromedicina, entre outras no ramo da engenharia.

"Santa Rita do Sapucaí é um grande polo fabricante de placas e aparelhos eletrônicos e o nosso problema aqui vem desde a Ásia, o abastecimento das grandes produtoras de matéria-prima, que são as memórias, os chips, os semicondutores. Nós somos fortes fabricantes de peças e componentes para a eletrônica geral do Brasil, mas somos reféns da importação dessa matéria-prima", explicou o presidente do Sindvel, Roberto de Souza Pinto.

Sindicato estima que empresas do Vale da Eletrônica passarão a produzir chips e semicondutores ainda este ano

Segundo o presidente do Sindvel, empresas que trabalham com licitações não estão conseguindo entregar os produtos dentro do prazo que os processos exigem.

"O prejuízo é muito grande, grande parte das nossas empresas trabalham com licitações e a licitação cobra severamente os prazos de entrega. As empresas vem puxando, trazendo as matérias-prima de forma gradativa, às vezes tem empresa que não chega a concluir com toda produção da matéria-prima, ela é desclassificada, morre com todo esse estoque e ainda é penalizada por 2 anos", disse.

Diante dessa dificuldades, o objetivo é que Santa Rita do Sapucaí consiga, ainda neste ano, produzir os próprios chips e semicondutores, para não depender das importações.

"Santa Rita do Sapucaí foi reconhecida recentemente como um parque tecnológico e agora nós vamos fazer desse parque tecnológico ferramentas de trabalho, nós estamos buscando relacionar com os grandes parques da Ásia, da Europa, pra que a gente faça alianças com esses grandes fabricantes e licencie o parque tecnológico de Santa Rita do Sapucaí para realmente produzir as matérias-primas. Nós queremos produzir aqui os semicondutores, os chips e abastecer as outras fábricas de placas eletrônicas", disse Roberto de Souza Pinto.

A expectativa do Sindvel é que a produção dessas matérias-prima possam iniciar na cidade ainda neste ano, até o mês de outubro.

Fonte: G1 Sul de Minas e Prefeitura Municipal

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