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Três Corações:Fundação Volta

Juíza revoga decisão do MP que afastou atual diretoria de fundação da UNINCOR investigada pela Polícia Federal em Varginha


Magistrada destacou que atuais diretores não fazem parte do processo que apura irregularidades na Unincor. A juíza Fernanda Machado de Moura Leite, da comarca de Três Corações (MG), revogou nesta sexta-feira (3) a decisão liminar do Ministério Público que afastou a diretoria da FCTE (Fundação Comunitária Tricordiana de Educação) após a Operação J'Adoube da Polícia Federal. A instituição foi alvo de operação da Polícia Federal contra desvio e lavagem de dinheiro.

Segundo a magistrada, por não fazer parte do processo que apura irregularidades na Unincor, a atual direção não tem "qualquer elemento a desabonar sua conduta à frente da instituição". Na decisão, juíza diz ainda que o afastamento poderia causar prejuízos à fundação.

Juíza revoga decisão que afastou atual diretoria de fundação investigada pelo MP

Pessoas indiciadas

A Polícia Federal indiciou 12 pessoas ligadas à direção da FCTE, mantenedora da Unincor (Universidade Vale do Rio Verde). O inquérito que investigou desvio e lavagem de dinheiro na instituição de ensino de Três Corações (MG) foi concluído pela PF.

Os indiciados são dirigentes da FCTE e pessoas ligadas à instituição de ensino, como empresários e pessoas físicas que exerciam funções chaves no esquema criminoso.

O nome da Operação ("J"Adoube") é uma referência ao termo utilizado no jogo do xadrez que significa "eu arrumo", para indicar que os dirigentes daquela instituição de ensino criavam (arrumavam/arranjavam) empresas para desvio de valores e consequente lavagem de ativos.

Investigação

Segundo a Polícia Federal, a investigação, que teve início em setembro de 2020, analisou centenas de transações bancárias envolvendo empresas utilizadas na cobrança de mensalidades de alunos da FCTE além de outras pessoas jurídicas e físicas. Foi detectado sofisticado esquema de desvio de valores e posterior lavagem desses recursos ilícitos.

O branqueamento de capitais feito por dirigentes da FCTE e pessoas que integravam a organização criminosa envolvia, entre outras ações, confecção de contratos de locação falsos, simulação de dívidas com a FCTE para embasar recebimento de valores e, também, uso de empresas em nome de interpostas pessoas para pagamentos de despesas pessoais.

Inquérito que investigou desvio e lavagem de dinheiro na instituição de ensino foi concluído pela PF.

A 1ª fase da operação foi deflagrada no dia 8 de março, quando foram cumpridas 28 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Varginha (2), Três Corações (3), Conceição do Rio Verde (1), Contagem (2), Nova Lima(2) e Belo Horizonte (6), além de outras ordens judiciais de apreensão específicas em desfavor de pessoas físicas e jurídicas.

Com o avanço das investigações apurou-se que o grupo continuava em atividade. Então, em 10 de maio, foi desencadeada a "Fase 2" da Operação com o cumprimento de quatro ordens judiciais (1 mandado de prisão preventiva, contra o ex-presidente da FCTE, professor Leandro Rodrigues, duas ordens de busca e apreensão e 1 medida cautelar específica).

No curso da investigação, a pedido da PF, foram imobilizados recursos advindos da atividade ilícita, como o bloqueio de ativos e bens móveis de pessoas físicas e jurídicas integrantes da organização criminosa.

G1 Sul de Minas e MP e Judiciário

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