Pesquisadora da
Unicamp faz
estudo para
medir taxa de
presença de gás
radioativo em
Poços de Caldas.
Objetivo da pesquisa é medir o nível do gás radônio na cidade para depois avaliar a necessidade de medidas para diminuir o contato com gás comum em solos ricos em urânio. Pesquisa vai apontar incidência de gás tóxico em Poços de Caldas
Uma pesquisadora da Unicamp começou um estudo para medir a taxa de radônio, que é um gás radioativo, em Poços de Caldas (MG). Essa pesquisa faz parte dos esforços da Comissão Nacional de Energia Nuclear para promover uma legislação sobre o assunto.
O objetivo da pesquisa é medir o nível do gás na cidade para depois avaliar a necessidade de medidas para diminuir o contato com o radônio. O gás é comum em solos que são ricos em urânio, como Poços de Caldas.
"Esse é um projeto ligado à radiação nacional, então o radônio é um gás natural, ele está presente em todos os ambientes, ele vem do solo, então esse é um processo natural de formação da terra, e onde temos urânio, geologicamente falando, temos também esse radônio, então estamos fazendo essa pesquisa para fazer essa avaliação da presença desse gás dentro das residências", explicou a pesquisadora Danila Dias.
Ela falou ainda sobre
a importância de se controlar a
presença desse gás.
Pesquisadora da Unicamp faz estudo para medir taxa de presença de gás radioativo em Poços de Caldas
"Isso é importante porque a exposição crônica ao radônio está ligada a uma maior incidência de câncer de pulmão, ao aumento do risco dessa incidência, então a gente faz esse controle de forma a amenizar essa exposição da população a esse gás e é importante a gente fazer esse controle dentro dos ambientes, em ambientes onde as pessoas passam grande parte do tempo, alta frequência como chamamos, então casas, escolas, são ambientes favoráveis pra gente fazer esse tipo de avaliação", completou.
A pesquisa será desenvolvida especificamente na região do bairro Bortolan, em Poços de Caldas. Os pesquisadores estão em contato com moradores que possam participar da pesquisa. Um dos próximos passos será deixar os equipamentos que vão medir esse nível de radônio na casa das pessoas que aceitaram participar.
"Ele é um dispositivo, muito simples, formado por um plástico pequenininho e ele é extremamente sensível à presença desse tipo de radiação, que é o radônio. Eu vou entregar esse dispositivo para as pessoas, elas vão instalar nas suas casas, que é um processo super simples, de simplesmente posicionar esse detector em cima de um móvel, no quarto, na sala, e ali ele vai ficar por três meses.
Ao fim desse processo, a gente retoma, recolhe esse detector e analisa em laboratório. Só assim a gente vai poder dizer ao morador, aqui a gente tem uma concentração média nesse ambiente e a partir daí a gente traz orientações de como amenizar a presença desse gás indoor", concluiu a pesquisadora.
Uma das formas de diminuir a exposição é manter os ambientes ventilados, com portas e janelas abertas.
Em 2014, uma outra pesquisa do Ministério da Saúde indicou que em 15% das casas pesquisadas na época, a concentração do radônio estava acima do limite aceitável em Poços de Caldas.
