Governo federal vai cortar R$ 1,4 milhão da Ufla e instituição adota medidas econômicas

Por Jornalista Alair de Almeida, Diretor e Editor do Jornal Região Sul em 20/10/2022 às 17:31:32
Redução do orçamento pelo Ministério da Educação deve impactar, por exemplo, aulas práticas, compra de insumos e materiais. Redução dos orçamentos faz com que Ufla adote medidas de economia nas atividades do câmpus

A redução feita nos orçamentos de universidade públicas pelo governo federal já traz reflexos para o Sul de Minas. A Universidade Federal de Lavras (Ufla), por exemplo, vai sofrer corte de R$ 1,4 milhão, o que fará a instituição adotar medidas para reduzir o déficit financeiro.

Antes desta redução, a universidade já tinha problemas com uma insuficiência de R$ 2,4 milhões este ano. Em junho, por exemplo, o governo federal cortou mais de R$ 4,5 milhões. Com isso, o déficit em 2022 chegou a R$ 7 milhões.

O reitor da Ufla, professor João Chrysostomo de Resende Júnior, disse que a universidade vai tentar realizar novas reuniões com o MEC e com o congresso nacional na tentativa de buscar uma restituição do orçamento, principalmente o que foi retirado em junho.

Em nota, o reitor disse que "é a primeira vez em 22 anos que a nossa universidade enfrenta problemas para fechar as contas no fim do ano".

Governo federal vai cortar R$ 1,4 milhão da Ufla e instituição adota medidas econômicas

Novo corte

Conforme a direção executiva da Ufla, o cortede R$ 1,4 milhão será feito pelo Ministério da Educação até o fim do ano. A instituição destaca que impactos devem ser sentidos em relação a aulas práticas, de campo, compra de insumos e materiais, além de outros projetos.

A universidade destacou que os contratos terceirizados continuam preservados, já que anteriormente todo corte possível já foi feito, principalmente com demissões.

Os cortes foram realizados no orçamento chamado discricionário, que é o que manter a Ufla em funcionamento. Neste orçamento estão custos de manutenção e limpeza dos prédios, vigilância, circulação do ônibus interno, pagamento dos terceirizados, entre outros gastos até mesmo em contas de água e energia.

O orçamento discricionário também inclui despesas de investimento ou capital. É o caso de obras, equipamentos e outros bem. Somente despesas com os servidores não entram neste orçamento, já que são gastos obrigatórios.

Um dos reflexos desta situação são as obras do campus de São Sebastião do Paraíso e a compra de equipamentos que foram suspensas na tentativa de buscar orçamento, além da demissão de 148 funcionários terceirizados no mês de julho. Mesmo com ações de redução, a universidade permanece com déficit de R$ 1,5 milhão.

A EPTV, afiliada Rede Globo, também procurou o Ministério da Educação para ter uma posição sobre os problemas enfrentados na Ufla. Até a última atualização desta reportagem nenhuma resposta foi enviada.

Fonte: Da Redação G1

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