Segundo a polícia, o crime aconteceu no sábado (20), no evento que acontecia em um clube particular da cidade.
A Polícia Civil disse que o homem teria dito a uma garçonete do local que ele não devia "ser servido por ela", que era uma "negrinha" do "cabelo ruim".
Ele foi detido, teve a prisão decretada e levada ao presídio da cidade.
Nascimento disse, ainda, que no momento em que o suspeito tentava danificar os objetos, policiais civis que estavam no local tomaram conhecimento dos fatos e prenderam o suspeito em flagrante.
Posteriormente, foi concedida a liberdade provisória pelo Poder Judiciário na audiência de custódia.
Com isso, ele responde pelo crime em liberdade.
Delegacia da Polícia Civil de Campo Belo (MG) — Foto: Divulgação/Polícia Civil
"A todo momento vemos isso acontecendo, nem sempre a gente consegue relatar, nem sempre a gente consegue trazer à público. Mas isso acontece diariamente, o crime de racismo.
Tem racismo direto, racismo velado, racismo institucional, tem várias formas de racismo.
Isso impacta toda nossa sociedade, infelizmente nossa sociedade foi construída com bases racistas. Mas, se algo foi construído, isso precisa ser desconstruído.
Se a gente aprendeu a ser racista, a precisa desaprender a ser racista. Isso impacta toda a sociedade.
O racismo causa transtornos psicológicos, impacta a saúde mental da pessoa que recebe. Não só da pessoa, mas dos outros indivíduos que moram com a pessoa. De toda uma sociedade", falou ela.
A lei 14.532/2023, publicada em janeiro do ano passado, equipara a injúria racial ao crime de racismo.
Com isso, a pena tornou-se mais severa com reclusão de dois a cinco anos, além de multa. O crime não cabe fiança e é imprescritível.