Os suspeitos comercializavam 15 toneladas por mês de xarope de açúcar como mel floral.
Os produtos falsificados eram comercializados em Minas Gerias e São Paulo.
Polícia Federal faz operação contra falsificação de mel em Campestre, MG — Foto: Polícia Federal
A operação da PF é realizada com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Rodoviária Militar de Minas Gerais. A ação foi nomeada de Operação Xaropel II.
Polícia Federal faz operação contra falsificação de mel em Campestre, MG — Foto: Polícia Federal
A operação
Esta é a segunda fase da operação. Na 1ª etapa, realizada em novembro de 2021, foram cumpridos 14 mandados e determinado o sequestro de bens dos investigados no valor de R$ 18,4 milhões.
Já durante a investigação da fase atual, a PF descobriu que o grupo produzia e comercializava a substância por meio de empresas sediadas em Campestre, em condições de higiene precárias.
Polícia Federal faz operação contra falsificação de mel em Campestre, MG — Foto: Polícia Federal
Ainda de acordo com a PF, para enganar o consumidor, a associação criminosa inseria favos de mel verdadeiros em algumas embalagens do produto, mas o favo era preenchido com xarope industrial, extremamente doce e menos propenso à cristalização.
Segundo a PF, o açúcar invertido era adquirido por aproximadamente R$ 3 o quilo e, após a fraude, com a colocação da embalagem falsificada, o "mel fake" era vendido no varejo por até 60 reais/kg.
A PF informou que a adulteração de mel na região é recorrente, mas tem sido combatida pelas autoridades.
Polícia Federal faz operação contra falsificação de mel em Campestre, MG — Foto: Polícia Federal
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsificação, corrupção, adulteração de substância ou produtos alimentícios, invólucro ou recipiente com falsa indicação e falsificação de selo ou sinal público.
Se condenados, a pena pode chegar a 22 anos de reclusão mais multa.