Vereadores abrem processo de cassação para vice-prefeito preso em operação contra corrupção em Itajuba

Nilo Baracho (MDB) foi preso suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos do Hospital de Clínicas de Itajubá e superfaturamento da frota de veículos da administração municipal

Por Alair de Almeida, Editor e Diretor do Jornal Região Sul em 28/02/2024 às 23:12:33

A reunião de vereadores que aprovou a abertura do processo foi realizada na segunda-feira (26).

A proposta foi feita por Andressa Daiany da Silva Arantes (em mandato coletivo pelo PT),

Pedro Gama (PV) e Robson Vaz (PSDB). Todos os vereadores votaram a favor da abertura do processo.

Nilo Baracho, vice-prefeito de Itajubá, MG — Foto: Divulgação/Prefeitura de Itajubá

Nilo Baracho, vice-prefeito de Itajubá, MG — Foto: Divulgação/Prefeitura de Itajubá.Preso por corrupção pode ser cassado pela Câmara

Durante a sessão, foi realizado sorteio para composição da Comissão Processante. Ficou decidido que a os vereadores Sebastião Silvestre (MDB) vai presidir da comissão.

Markinhu Meireles (PSD) será o relator e Rafael Rodrigues (UB) membro.

A Comissão Processante tem, agora, o prazo de 90 dias para conduzir o processo e decidir se a cassação será levada para votação de todos os vereadores.

A defesa de Baracho disse, por nota enviada à EPTV, afiliada TV Globo, que não foi notificada e nem teve acesso aos autos do processo de cassação.

Prisão do Vice-Prefeito

O vice-prefeito de Itajubá, Nilo Baracho, foi preso durante duas operações contra corrupção deflagradas no dia 20 de fevereiro em Itajubá pelo Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar.

As ações investigam desvios de recursos públicos e privados do Hospital de Clínicas e o superfaturamento de serviços da frota veicular de secretarias municipais.

Um empresário e outros quatro administradores do hospital também foram presos.

As operações foram nomeadas de Transfusão, comandada pelo Ministério Público e Sepulcro Caiado, comandada pela Polícia Civil.

Foram expedidos 11 mandados de prisão, sendo quatro preventivas e sete temporárias, além de 25 de busca e apreensão.

Os mandados foram cumpridos em Itajubá, Campos do Jordão (SP) e São José dos Campos (SP).

MP, Polícia Civil e Polícia Militar faz operação contra corrupção em Itajubá, MG — Foto: Ministério Público

MP, Polícia Civil e Polícia Militar faz operação contra corrupção em Itajubá, MG — Foto: Ministério Público

De acordo com a Polícia Civil, além das prisões, foram apreendidos dinheiro, joias, celulares, veículos e documentos.

O que dizem os envolvidos

Por meio de nota, a prefeitura informou que "segue à disposição para colaborar com quaisquer investigações que apurem irregularidades.

A prefeitura conta com a imparcialidade dos investigadores para prosseguir com o trabalho sério desenvolvido nos três últimos anos".

Em nota divulgada nas redes sociais, o Hospital de Clínicas de Itajubá disse que o corpo clínico e os colaboradores do HCI acreditam na ação da justiça e no breve esclarecimento dos fatos.

O hospital também disse que as recentes notícias não vão interferir no atendimento da unidade.

Já as defesas dos outros administradores do hospital, também investigados na operação, informaram que o processo ainda corre em segredo de Justiça, mas que, no momento oportuno, tudo será devidamente esclarecido.

O advogado Willys Vilas Boas Júnior, que defende Nilo Baracho e outros cinco investigados, informou, na data da prisão, que ainda não teve acesso aos autos do processo e, por conta disso, não pode se manifestar de maneira técnica e precisa sobre os fatos.


Fonte: G1 Sul de Minas e Da Redação

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