Covid: cientistas descobrem gatilho de coágulos raros após vacina da AstraZeneca

A AstraZenica e os Coágulos pós vacina???

Por Jornalista Alair de Almeida, Editor e Diretor do Jornal Região Sul em 07/12/2021 às 16:15:54
Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa

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Situação da COVID-19

no Brasil:

615.789 mortes

e 22.146.004 casos

A equipe, baseada em Cardiff e nos Estados Unidos, mostrou em detalhes como uma proteína no sangue é atraída por um componente-chave da vacina. — Foto: Getty Images via BBC

A equipe, baseada em Cardiff e nos Estados Unidos, mostrou em detalhes como uma proteína no sangue é atraída por um componente-chave da vacina. — Foto: Getty Images via BBC


A equipe, baseada em Cardiff e nos Estados Unidos, mostrou em detalhes como uma proteína no sangue é atraída por um componente-chave da vacina.

Eles acreditam que isso dá início a uma reação em cadeia, envolvendo o sistema imunológico, que pode culminar em coágulos perigosos.

Acredita-se que a vacina tenha salvado cerca de um milhão de vidas durante a pandemia de covid.

No entanto, as preocupações com os raros coágulos sanguíneos moldaram a forma como a vacina tem sido usada em todo o mundo — no Reino Unido, por exemplo, foi oferecida uma alternativa para menores de 40 anos.

Os próprios cientistas da AstraZeneca também se juntaram ao projeto de pesquisa depois que os resultados anteriores do trabalho da equipe foram publicados.

Uma porta-voz da AstraZeneca enfatizou que os coágulos são mais prováveis ??de ocorrer por causa de uma infecção por covid do que por causa da vacina, e que a explicação completa de por que eles ocorrem ainda não foi estabelecida.

"Embora a pesquisa não seja definitiva, ela oferece percepções interessantes e a AstraZeneca está explorando maneiras de aproveitar essas descobertas como parte de nossos esforços para remover esse efeito colateral extremamente raro", acrescentou.

Havia duas pistas iniciais

para os pesquisadores que i

nvestigam os raros

coágulos sanguíneos:

  • O maior risco de coágulos foi visto apenas com algumas das tecnologias de vacinas
  • Pessoas com coágulos tinham anticorpos incomuns que atacavam uma proteína em seu sangue chamada fator plaquetário 4

Várias vacinas tentam entregar ao corpo um fragmento do código genético do vírus da covid para treinar o sistema imunológico. Algumas empacotam esse código dentro de esferas de gordura, enquanto a AstraZeneca usa um adenovírus (especificamente um vírus do resfriado comum de chimpanzés) como seu mensageiro microscópico.

O estudo, publicado na revista Science Advances, revela que a superfície externa do adenovírus atrai a proteína do fator plaquetário 4 como um ímã.

O professor Alan Parker, um dos pesquisadores da Universidade de Cardiff, disse à BBC News: "O adenovírus tem uma superfície extremamente negativa, e o fator plaquetário 4 é extremamente positivo e as duas coisas se encaixam muito bem."

Ele acrescentou: "Conseguimos provar a ligação entre as principais armas dos adenovírus e o fator plaquetário 4. O que temos é o gatilho, mas há uma série de etapas que precisam acontecer a seguir."

Imagem incrivelmente detalhada do adenovírus, que tem menos de 100 nanômetros de diâmetro — Foto: ASU

Imagem incrivelmente detalhada do adenovírus, que tem menos de 100 nanômetros de diâmetro — Foto: ASU

Os pesquisadores acham que o próximo estágio é a "imunidade perdida", mas isso precisa ser confirmado em pesquisas futuras.

Acredita-se que o corpo começa a atacar o fator plaquetário 4 após confundi-lo com parte do adenovírus estranho ao qual ele está preso. Assim, os anticorpos são liberados no sangue, que se agregam ao fator plaquetário quatro e desencadeiam a formação de perigosos coágulos sanguíneos. No entanto, isso requer uma série de eventos infelizes, o que poderia explicar por que os coágulos são tão raros.

Esses coágulos, conhecidos como trombocitopenia trombótica imune induzida por vacina, foram associados a 73 mortes em quase 50 milhões de doses de AstraZeneca administradas no Reino Unido.

"Você nunca poderia ter previsto que isso teria acontecido e as chances são muito pequenas, então precisamos nos lembrar do quadro geral do número de vidas que esta vacina salvou", disse Parker.

A AstraZeneca disse que estimativas apontam que a vacina salvou mais de um milhão de vidas em todo o mundo e evitou 50 milhões de casos de covid.

A Universidade de Oxford

nada comentou sobre a pesquisa.

Will Lester, um hematologista consultor do University Hospitals Birmingham NHS Trust, elogiou a pesquisa "muito detalhada", dizendo que ela ajuda a explicar o "passo inicial mais provável" na coagulação.

A equipe de Cardiff espera que suas descobertas possam ser usadas para melhorar as vacinas baseadas em adenovírus no futuro para reduzir o risco desses eventos raros.

Fonte: G1 Bem Estar - BBC NEWS

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