Caso Pavesi: Julgamento de mĂ©dico acusado por morte e retirada ilegal de órgãos Ă© remarcado para 18 de abril

Por Jornalista Alair de Almeida, Editor e Diretor do Jornal Região Sul em 06/04/2022 às 19:42:15

Caso Pavesi:


Julgamento de


médico acusado


por morte e


retirada ilegal


de órgãos é


remarcado para


18 de abril


Julgamento deveria ter ocorrido em outubro do ano passado, mas foi adiado após o médico dispensar os oito advogados que trabalhavam em sua defesa.

O julgamento de um dos médicos acusados pela morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, em abril de 2000, em Poços de Caldas (MG), foi remarcado para o dia 18 de abril.

A sessão acontecerĂĄ no Tribunal do JĂșri, de Belo Horizonte.




O julgamento deveria ter ocorrido em outubro do ano passado, mas foi adiado após o médico dispensar os oito advogados que trabalhavam em sua defesa. Agora, participam da defesa um defensor pĂșblico e o advogado Luiz Chimicatti, que pediu um habeas corpus preventivo no dia 1Âș de abril, que foi negado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

O processo de Álvaro, denunciado pelo Ministério PĂșblico como chefe de um esquema de trĂĄfico de órgãos, foi desmembrado dos outros médicos acusados devido a um agravo que deveria ser julgado.

Em janeiro de 2021, outros dois médicos, José Luiz Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto, foram condenados a 25 anos de prisão. JĂĄ Marcos Alexandre Pacheco da Fonseca foi absolvido pelo jĂșri.

Paulinho Pavesi morreu aos 10 anos após cair, passar por cirurgia e ter os órgãos removidos

Caso Pavesi – Wikipédia, a enciclopédia livre

Outros trĂȘs médicos acusados de participação no caso, Sérgio Poli Gaspar, Celso Roberto Frasson Scafi e ClĂĄudio Rogério Carneiro Fernandes, chegaram a ser condenados em 1ÂȘ instância em 2014 por participação no caso, mas a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais em maio de 2016 e o processo retornou para Poços de Caldas. Eles não foram a jĂșri popular.


Sentença de médicos envolvidos no Caso Pavesi serĂĄ anunciada em 2014 | Sul de Minas | G1

Os médicos envolvidos no Caso Pavesi

Caso Pavesi

O caso Pavesi teve como inĂ­cio o ano 2000, quando os médicos José Luis Gomes da Silva, José Luis Bonfitto, Marco Alexandre Pacheco da Fonseca e Álvaro Ianhez foram denunciados pelo Ministério PĂșblico por homicĂ­dio qualificado de Paulo Veronesi Pavesi, que na época tinha 10 anos.

Conforme a Justiça, os quatro médicos teriam sido responsĂĄveis por procedimentos incorretos na morte e remoção de órgãos do garoto, após ele cair de uma altura de 10 metros no prédio onde morava. O exame que apontou a morte cerebral teria sido forjado e o garoto ainda estaria vivo no momento da retirada dos órgãos.


Cerco à 'MĂĄfia dos Transplantes' atinge deputado do PSDB - CartaCapital

Na decisão que marcou a data do julgamento, o ministro Ribeiro Dantas explicou que não hĂĄ controvérsia a respeito dos fatos denunciados e reconhecidos na sentença que foi anulada pelo TJMG, pois, tanto para o Ministério PĂșblico de Minas Gerais (MPMG) quanto para as instâncias ordinĂĄrias, os médicos removeram os órgãos da vĂ­tima, causando-lhe dolosamente a morte como consequĂȘncia.

Os quatro negam qualquer irregularidade, tanto nos exames, quanto nos transplantes aos quais o garoto foi submetido. O caso foi desmembrado e transferido de Poços de Caldas para Belo Horizonte em agosto de 2014, a pedido do Ministério PĂșblico, para evitar a influĂȘncia econômica e social dos médicos sobre os jurados.

O jĂșri popular desses quatro médicos aconteceria no dia 6 de abril de 2016 em Belo Horizonte, mas foi suspenso.


Sentença anulada

de

outros trĂȘs

médicos

envolvidos


Juiz suspende julgamento de médicos acusados de retirada de órgão ilegal | Brasil: Diario de Pernambuco


Outros trĂȘs médicos acusados de participação no caso, Sérgio Poli Gaspar, Celso Roberto Frasson Scafi e ClĂĄudio Rogério Carneiro Fernandes, chegaram a ser condenados em 1ÂȘ instância em 2014 por participação no caso, mas a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais em maio de 2016 e o processo retornou para Poços de Caldas.

Os trĂȘs médicos foram condenados em janeiro de 2014 a penas que variam de 14 a 18 anos de prisão em regime fechado por participação no caso. Eles não foram a jĂșri popular.

Os médicos Celso Roberto Frasson Scafi e ClĂĄudio Rogério Carneiro Fernandes chegaram a ficar presos por 30 dias e ganharam na Justiça o direito de recorrer da sentença em liberdade. JĂĄ Sérgio Poli Gaspar ficou foragido por um mĂȘs e após se entregar passou apenas um dia preso. Ele também poderia recorrer em liberdade.

STF restaura

sentença


Julgamento de médicos é retomado no Fórum Lafayette | Novo Portal TJMG

Em setembro de 2021, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal restaurou a sentença original que condenou os médicos Sérgio Poli Gaspar, Celso Roberto Frasson Scafi e ClĂĄudio Rogério Carneiro Fernandes. Isto aconteceu porque, por 3 votos a 1, o STF decidiu que o crime de remoção de órgãos não deve ser julgado por jĂșri popular, e sim, pela vara criminal responsĂĄvel.

No recurso ao STF, o Ministério PĂșblico disse considerar que o caso é de competĂȘncia da Vara Criminal e que, por isso, a condenação dos médicos era vĂĄlida. O MP argumenta que o crime de remoção de órgãos é previsto na Lei de Transplantes, e que a morte deve ser vista como uma "consequĂȘncia" no julgamento desse crime especĂ­fico.

Relator do recurso, o ministro Dias Toffoli votou por conceder o recurso do MP e, com isso, restaurar a sentença original que condenou os trĂȘs médicos.

Segundo o ministro, a a retirada dos órgãos é um crime "qualificado pelo resultado [morte]", assim como o latrocĂ­nio – roubo seguido de morte.

Em ambos os casos, diz Toffoli, o crime não é de competĂȘncia do jĂșri popular porque o resultado buscado não é a morte, e sim, a obtenção dos órgãos ou dos recursos patrimoniais da vĂ­tima.

Fonte: G1 Sul de Minas e PolĂ­cias Civil e Militar / JudiciĂĄrio

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