De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuava em CruzĂlia (MG). Segundo o MP, a organização foi criada, estruturada e aperfeiçoada, além de ter como finalidade conferir o lucro financeiro do grupo, que vinha por meio do comércio de bois, vacas e cavalos furtados de produtores rurais.
Durante as investigações, foram identificados alguns suspeitos que moravam na zona rural de municĂpios próximos de onde os furtos ocorriam. Ainda de acordo com o MP, os investigados tinham vĂnculos com pessoas de cidades vizinhas e integrantes no estado de São Paulo. PM de São Lourenço prende cinco suspeitos. CruzĂlia e Minduri tinham muitos furtos de gado e por isso o MP e a PM, em fiscalização descobriram a quadrilha, com ramificações em todo o Sul de Minas e no estado de São Paulo.
A Central dos ladrões ficava em Carmo da Cachoeira. Um sĂtio, que colocava o gado em caminhões baĂș. Além do gado os ladrões também, caçavam pĂĄssaros silvestres, em um sĂtio na zona rural. Atuava também no vale do ParaĂba onde roubaram cerca de 500 cabeças de gado. Nas cidades de Nazaré Paulista e Bom Jesus dos Perdões também aconteceram prisões.
Ministério PĂșblico faz operação contra organização criminosa especializada em furto de gado em MG
Ministério PĂșblico
Modo de agirO MP informou que o modo como o grupo agia era sofisticado. A organização teria diversos integrantes que se distribuĂam nos imóveis rurais antes, durante e após o furto dos rebanhos. Todos possuĂam radiocomunicadores e utilizavam caminhão baĂș para transportar o gado e não gerar suspeitas durante a fuga.
Ainda de acordo com o MP, os veĂculos utilizados por eles eram alugados e serviam de "batedores", a fim de verificar a presença de policiais durante o trajeto ou de pessoas que pudessem ser um possĂvel obstĂĄculo. Além disso, o grupo teria alugado um imóvel na zona rural de Carmo da Cachoeira, onde o gado era depositado até ser transportado para São Paulo.
Também em Carmo da Cachoeira, a organização capturava pĂĄssaros silvestres, que eram transportados e vendidos em pequenas embalagens de papelão sem alimentação, ĂĄgua e ventilação.
O Ministério PĂșblico informou que o grupo também praticou crimes em Itaguara, Santo Antônio do Amparo, Bom Sucesso e Minduri, onde eles furtaram 185 cabeças de gado, material de montaria e ferramentas.
A investigação também apontou que parte do grupo atuava em conjunto com integrantes de outro nĂșcleo criminoso do Vale do ParaĂba, de forma articulada, mas independente. No estado de São Paulo, os criminosos teriam furtado mĂĄquinas agrĂcolas e 500 cabeças de gado. O prejuĂzo dos produtores rurais teria sido de mais de R$ 1 milhão.
Ainda de acordo com o MP, no estado de São Paulo o grupo agia com violĂȘncia e arma de fogo.