Granizo atingiu pelo menos 600 casas e deixou desalojados e desabrigados em cidade de MG
De acordo com o produtor, o prejuízo maior foi no cafezal, em que quase 20 mil pés que estavam carregados de chumbinhos (grãos em formação) foram atingidos.
"A área em café estimo prejuízo entre 18 mil e 20 mil pés de café. A perda de produção não em 100%, mas em torno de 70% e 80%", falou o produtor.
No caso do produtor Joilson Sousa Matos o prejuízo foi de 100%. Ele contou que há dez dias investiu quase R$ 40 mil para adubar a lavoura, que estava toda carregada. O cafezal inteiro foi atingido pela chuva de granizo.
"Começou primeiro caindo umas pedras grandes. Só pedras, sem água. Foram uns cinco minutos de pedra, depois caiu água e vento, arrebentando tudo: lavoura, barracão. Foi um cenário de guerra aqui em casa. O prejuízo meu foi de 100% em minhas lavouras, detonou tudo. Só Deus para dar força", disse.
Chuva de granizo pode ter afetado 1 mil hectares de lavouras em Cabo Verde, MG
Um levantamento preliminar da Emater indica que até 200 produtores podem ter tido prejuízos e a área atingida pela chuva de granizo pode chegar a mil hectares em cabo verde.
"A lavoura, quando é afetada, a perda é de praticamente 100%. Se o produtor tiver que fazer uma poda, perde 100% e só vai ter produção daqui dois anos, na safra de 2024"
"Se o produtor tiver um financiamento na área, ou um seguro, a primeira coisa que ele tem que fazer é comunicar a frustração de safra. Ele tem que fazer a comunicação, para dizer que foi atingido pela chuva de granizo. Esse prazo é de no máximo três dias úteis", explicou o extensionista da Emater, Mateus Corsini Caixeta.
O Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares de Cabo Verde se colocou à disposição para ajudar os produtores a irem atrás do seguro.
"Oriento que procurem o sindicato para a gente poder analisar toda a documentação. Quem tiver o seguro contratado, o banco fica sabendo disso, mas através da nosso engenheiro agrônomo vamos acionar a asseguradora para cobrir parcialmente o estrago, tendo em vista que geralmente não cobre todo o prejuízo", disse o presidente da entidade, Reginaldo Roberto da Silva.