A ação investiga pessoas que estariam armazenando ou disponibilizando conteúdo de pornografia infantojuvenil na região.

De acordo com a PF, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo dois em Camanducaia e um em Lambari.

Entre os três inquéritos policiais, há elementos que apontam que os alvos recebiam, armazenavam e distribuíam o material de pornografia infantojuvenil na internet. Segundo a PF, há indicativo de que um dos alvos possa ter produzido o conteúdo em território brasileiro

Segundo o delegado da Polícia Federal João Carlos Girotto, durante as buscas em Camanducaia, um homem foi preso em flagrante por armazenar o conteúdo ilícito.

Diversos itens como celulares, computadores, pen drives, CDs e aparelhos eletrônicos foram apreendidos. Os materiais serão examinados.

A Polícia Federal também deve investigar a possibilidade de participação de outras pessoas.

As investigações começaram depois que a Polícia Federal recebeu informações de órgãos de cooperação internacional indicando que moradores do Sul de Minas estariam usando a internet para transferência de arquivos com abuso sexual infantil.

"Em virtude do avanço da tecnologia de informação, as ferramentas de inteligência artificial permitem vasculhar esse submundo da internet buscando essa troca deste tipo de conteúdo.

Uma vez detectado esse tipo de material transmitido pela rede de computadores, é encaminhado ao órgão policial do país respectivo, que direciona à unidade policial onde os alvos são radicados", informou o delegado Girotto.

Ainda de acordo com a PF, os suspeitos poderão responder pelos crimes de "oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de abuso sexual envolvendo criança ou adolescente e pela posse e armazenamento de tal conteúdo".

As penas, se somadas, podem chegar a 10 anos de prisão.

A operação foi nomeada de "Sniffer", que em inglês se refere a "farejar, monitorar". O nome faz alusão ao trabalho dos policiais para identificar os criadores e propagadores de material pornográfico infantil.