Vaticano sobe o tom e denuncia Israel por 'carnificina' em Gaza

A declaração do Secretarior de Estado da Santa Se provocou uma forte reação da embaixada do Estado judeu em Roma.

Por Alair de Almeida, Editor e Diretor do Jornal Região Sul em 15/02/2024 às 06:11:23
Foto: Reprodução internet

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Vaticano


sobe o tom


e denuncia Israel por


'carnificina' em Gaza

A declaração do secretário de Estado da Santa Sé provocou uma forte reação da embaixada do Estado judeu em Roma.

Já os líderes da Austrália, Canadá e Nova Zelândia advertiram Israel nesta quinta-feira (15) contra uma operação terrestre "catastrófica" na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em um comunicado conjunto oficial.


A embaixada israelita junto da Santa


Sé condenou hoje declarações do


secretário de Estado do Vaticano,


Pietro Parolin, sobre a reação ao


ataque do Hamas de 7 de outubro,


que considerou desproporcional.

"É uma declaração deplorável. Julgar a legitimidade de uma guerra sem ter em conta TODAS [sic] as circunstâncias e dados relevantes leva inevitavelmente a conclusões erradas", criticou a embaixada num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

O cardeal Parolin manifestou-se na terça-feira indignado com a resposta de Israel ao ataque do Hamas, descrevendo-a mesmo como um massacre.

"Penso que estamos todos indignados com o que está a acontecer, com este massacre, mas temos de ter a coragem de continuar e não perder a esperança", disse então o chefe da diplomacia do Vaticano.

A embaixada israelita disse no comunicado que Gaza foi transformada pelo Hamas na "maior base terrorista jamais vista" desde que o grupo islamita palestiniano passou a controlar o território, em 2007.

"Uma grande parte do seu projeto foi a construção de uma infraestrutura sem precedentes ativamente sustentada pela população civil", afirmou.

A resposta do exército israelita foi dada "no pleno respeito pelo direito internacional", defendeu a embaixada, referindo que "de acordo com os dados disponíveis, por cada militante do Hamas morto, três civis perderam a vida".

"Não é suficiente condenar o massacre genocida de 7 de outubro e depois apontar o dedo a Israel, referindo o seu direito à existência e à autodefesa como um mero ato de diligência, e sem considerar o quadro geral", afirmou a embaixada.

Nas declarações proferidas na terça-feira, o cardeal Parolin disse ser necessário "encontrar outras vias para resolver o problema de Gaza e da Palestina".

Referiu que o Vaticano condenou, desde o início, o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.

"Uma condenação clara e sem reservas de todas as formas de antissemitismo, repito, mas ao mesmo tempo também um apelo para que o direito de defesa de Israel, invocado para justificar esta operação, seja proporcional e, com 30.000 mortos, não o é certamente", afirmou.

O cardeal pediu ainda para que se mantenha a esperança na procura da paz.

Parolin fez as declarações durante a comemoração do 95.º aniversário dos Pactos de Latrão com a Itália, que tornaram o Vaticano um Estado independente, na presença do Presidente italiano, Sergio Mattarella, e da primeira-ministra, Giorgia Meloni.

Fonte: Da Redação e Yahoo

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