A Prefeitura de Varginha admitiu que pelo menos dois casos aconteceram, mas os demais são referentes a erros do sistema de registro. Já as prefeituras de Lavras e Itajubá negaram a troca de vacinas.
Conforme a reportagem, cerca de 2,5 mil pessoas teriam recebido, de maneira equivocada, doses de fabricantes diferentes do imunizante entre a 1ª e a 2ª aplicação, em 423 cidades do estado. Uma outra reportagem denunciou a possível aplicação de doses vencidas de vacina contra a Covid-19 no Sul de Minas.
De acordo com o protocolo do Plano Nacional de Imunização, o cidadão deve receber o imunizante disponível no momento da convocação por grupo de prioridade, independente do fabricante e sem a opção de escolha. Mas a segunda aplicação precisa obrigatoriamente ser da mesma marca, pois as vacinas são fabricadas com tecnologias distintas.
Cidades do Sul de Minas podem ter aplicado doses trocadas de vacinas da Covid-19 — Foto: Divulgação/Prefeitura de Peruíbe
O que dizem a SES-MG e o Ministério da Saúde
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que, até a última sexta-feira (23), havia recebido das prefeituras mineiras as notificações formais de 68 ocorrências de pessoas vacinadas com duas doses diferentes.
A secretaria afirmou que, em tese, a possível falta de notificações não deveria comprometer a oferta de imunizantes para as pessoas que necessitem refazer a aplicação com a dose correta, pois o Ministério da Saúde levaria esses casos em conta ao distribuir as novas remessas aos estados.
O Ministério da Saúde, no entanto, informa ter recebido somente 481 notificações em todo o Brasil até a semana passada e que agora cabe aos estados e municípios acompanhar esses pacientes por 30 dias.