Brasil registra 78 mil novos casos de tuberculose

O Brasil registrou, em 2022, 78 mil novos casos de tuberculose – um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. Dados do...

Por Jornalista Alair de Almeida, Diretor e Editor do Jornal Região Sul em 25/03/2023 às 03:06:35

O Brasil registrou, em 2022, 78 mil novos casos de tuberculose – um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. Dados do Ministério da SaĂșde apontam que Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima apresentaram os maiores coeficientes de incidĂȘncia: 84,1, 75,9 e 68,6 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes, respectivamente.

O levantamento mostra que, em 2021, o paĂ­s teve recorde de mortes pela doença – 5 mil no total, maior nĂșmero identificado nos Ășltimos dez anos. Atualmente, a tuberculose figura como a segunda doença infecciosa que mais mata, atrĂĄs apenas da covid-19, além de ser a principal causa de morte entre pessoas que vivem com HIV e Aids.


Segundo informações do Ministério da SaĂșde, homens de 20 a 64 anos apresentam risco trĂȘs vezes maior de contrair a tuberculose do que mulheres nessa mesma faixa etĂĄria. Além disso, em 2022, o paĂ­s contabilizou 2,7 mil casos em menores de 15 anos, sendo que crianças de até quatro anos respondem por 37% dessas notificações.

Durante entrevista coletiva, hoje (24), em BrasĂ­lia, a ministra da SaĂșde, NĂ­sia Trindade, lembrou que a tuberculose tem prevenção, tratamento e cura e atinge prioritariamente populações mais vulnerĂĄveis, como pessoas em situação de rua, comunidades indĂ­genas, refugiados, pessoas vivendo com HIV e Aids e pessoas privadas de liberdade.

Gastos com a doença

Os nĂșmeros apresentados pelo ministério mostram que, no Brasil, 48% das famĂ­lias afetadas de alguma forma pela tuberculose tĂȘm gastos com a doença que comprometem acima de 20% da renda. A ministra destacou que o combate à doença não pode ser visto como um projeto setorial ou de um Ășnico ministério.

O diretor do departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente TransmissĂ­veis, Draurio Barreira Cravo Neto, reforçou que a meta de eliminar a tuberculose até 2030 exige união de esforços. "Não serĂĄ uma secretaria ou um só ministério isoladamente que vão conseguir atingir essa ambiciosa meta, mas perfeitamente factĂ­vel", afirmou.

"Do ponto de vista social, tivemos um processo de piora de todos os indicadores sociais nos Ășltimos cinco a seis anos. Com isso, a tuberculose, que é uma doença basicamente [causada] por esses determinantes sociais, teve recrudescimento nas taxas de mortalidade, de incidĂȘncia e mesmo de cura."

Fonte: AgĂȘncia Brasil G1, Redação

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