Conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o volume útil do Lago de Furnas estava em 99,43% até quarta-feira (5), última medição do órgão. O reservatório está 767,9 metros acima do nível do mar, mais de quatro acima da cota mínima.
A última vez que o reservatório chegou a 100% do volume útil, segundo as medições do ONS, foi no dia 13 de março de 2011.
Lago de Furnas chega perto de atingir 100% do volume útil — Foto: Reprodução/EPTV
Para aproveitar o nível e o volume que faz com que o reservatório possa ser utilizado por empresários e turistas, existem projetos para evitar o esvaziamento do Lago de Furnas.
Um dos projetos é dividido em três chamados pedaços: operação normal, operação para falta de água e operação em caso extremo.
"O reservatório dessas usinas, vamos pegar o caso de Furnas, será dividido em três pedaços.
O primeiro é a operação normal, para uso múltiplo. Depois teríamos uma parte, que seria em caso de falta de água, que seria comunicado e teria um procedimento de alerta, uma faixa operativa de atenção, que seria exceção na operação, esvaziando e repondo na primeira água que vier.
E a terceira faixa, que seria em um caso extremo, que seria um volume de segurança", destacou o professor da Universidade Federal de Itajubá, Afonso Henrique Moreira.
Outras situações a serem discutidas, conforme a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), são as questões ambientais.
"Nós precisamos falar sobre o esgoto, que ainda é jogado in natura no Rio Grande. Precisamos falar da recuperação dos nossos mananciais, da preservação das nossas nascentes e de que forma os municípios irão se organizar, em médio e longo prazo, com a finalidade de estabelecer um turismo sustentável", pontuou o prefeito de Alpinópolis e secretário da Alago, Rafael Freire.