Sul de Minas teve 93 pessoas resgatadas em situação de trabalho análogo à escravidão em 2023

Conforme os dados, Ibiraci foi a cidade com o maior número de pessoas resgatadas em situação de trabalho escravo: 27. Carmo do Rio Claro, São Pedro da União e Campestre aparecem na sequência.

Por Alair de Almeida, Editor e Diretor do Jornal Região Sul em 09/01/2024 às 07:03:11
Cerca de 93 pessoas foram resgatadas em situação de trabalho análogo à escravidão no Sul de Minas em 2023. Os dados são do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.


Conforme os dados, Ibiraci foi a cidade com o maior número de pessoas resgatadas em situação de trabalho escravo: 27. Carmo do Rio Claro, São Pedro da União e Campestre aparecem na sequência.

Sul de Minas teve pelo menos 93 pessoas resgatadas em situação de trabalho análogo à escravidão em 2023 — Foto: Reprodução EPTV

Sul de Minas teve pelo menos 93 pessoas resgatadas em situação de trabalho análogo à escravidão em 2023 — Foto: Reprodução EPTV

  • Ibiraci - 27
  • Carmo do Rio Claro - 14
  • São Pedro da União - 11
  • Campestre - 11
  • Santa Rita do Sapucaí - 10
  • Três Pontas - 6
  • Boa Esperança - 5
  • Muzambinho - 5
  • Campanha - 2
  • Bueno Brandão - 1
  • Campo do Meio - 1

Em todo o Estado de Minas Gerais, foram 632 resgates. Em 2023, o país registrou o maior número de denúncias de trabalho análogo à escravidão. Foram 3.422 denúncias em 12 meses, 61% a mais que em 2022.

"É um trabalho de inteligência que a Inspeção do Trabalho faz. A gente cruza os dados de imigração desses trabalhadores, os dados também de registros, onde a gente tem conhecimento que esses trabalhadores estão se deslocando para a colheita do café, mas também através das denúncias, então o cruzamento desses dados é que direciona a Inspeção do Trabalho para fazer as fiscalizações desses casos", explicou o auditor fiscal do trabalho, Alexandre Scarpelli.

Segundo o auditor, o somatório das irregularidades encontradas nas propriedades é o que caracteriza a condição de trabalho análogo à escravidão.

"Primeiramente os trabalhadores não registrados, trabalhadores também que já começam a relação de trabalho endividados, porque precisam arcar com o custeio da vinda dos municípios de origem para a região. Chegando nas propriedades, as condições de moradias também inadequadas, as condições das frentes de trabalho, fornecimento de água desses trabalhadores, os fornecimentos dos EPIs e das ferramentas de trabalho, então a gente encontra diversas irregularidades e o somatório dessas irregularidades é que faz caracterizar a condição análoga à escravidão", completou o auditor.

Fonte: G1 Sul de Minas e Da Redação e MP

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