Brasil pode ter 16 vezes mais casos de coronavírus do que números oficiais

USA GARANTE VACINA PARA COVID-19 EM POUCOS MESES

Por Da Redação em 16/05/2020 às 08:11:11

Brasil

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novo coronavírus no país. O estudo aponta para a existência de 3,5 milhões de brasileiros contaminados pela Covid-19, enquanto o Ministério da Saúde contabiliza nesta sexta (15/5) pouco mais de 218.223 casos, o que corresponde a um largo espectro de subnotificação." data-reactid="23" style="text-align: justify;">Um levantamento realizado pelo grupo Covid Brasil, integrado por cientistas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e de outras instituições nacionais de pesquisa, sugere que haja um número 16 vezes maior do que o registro oficial de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no país. O estudo aponta para a existência de 3,5 milhões de brasileiros contaminados pela Covid-19, enquanto o Ministério da Saúde contabiliza nesta sexta (15/5) pouco mais de 218.223 casos, o que corresponde a um largo espectro de subnotificação.

Com relação ao Rio de Janeiro, o terceiro estado brasileiro com mais pessoas infectadas pelo Sars-Cov-2, os dados atuais revelam 19.987casos confirmados por Covid-19. Segundo Fernando Sanches, pesquisador do departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador da Uerj e integrante do grupo Covid Brasil, a projeção é que os óbitos que hoje contam 2.438 podem atingir o patamar de 7,2 mil em 21 de maio.

Principalmente se não houver capacidade de resposta aos casos de severidade e que necessitem de leitos de UTI — adverte o pesquisador.

O estudo se baseia na compilação dos dados oficiais apresentados pelas entidades de saúde, em conjunto com as análises do comportamento da sociedade perante a pandemia e as estratégias adotadas pelos governantes para minimizar o impacto do coronavírus.

— Os números preditos não necessariamente vão ser concretizados, mas é uma ideia da potencialidade do crescimento desse cenário, levando em conta alguns comportamentos e mudanças na sociedade que podem influenciar diretamente no aumento ou diminuição do número de casos por dia — diz Sanches.

O cientista atribui a incerteza sobre o total de pessoas infectadas, bem como a taxa de mortalidade pela Covid-19, à baixa testagem da população. Porém, explica, há outras variáveis capazes de promover diferentes cenários e que precisam ser consideradas.

— Temos fatores como a presença de vulnerabilidades, condições socioeconômicas, acesso aos serviços de saúde, nível de educação da população, o entendimento sobre as medidas e estratégias de mitigação, supressão de novos casos ou de agravamento — enumera.

USA GARANTE VACINA PARA COVID-

19 EM POUCOS MESES

O presidente americano, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (15) que espera contar antes do fim do ano com uma vacina para a COVID-19, que continua com seu avanço mortal nos Estados Unidos, enquanto outros países começam a retomar certa normalidade, com a reabertura de cafés em Sydney e Viena e a volta do futebol na Alemanha, ainda que sem torcida.

"Esperamos tê-la no fim do ano se pudermos, talvez antes", disse o presidente americano, referindo-se à vacina. "Acreditamos que vamos obter resultados muito bons rapidamente", acrescentou diante de jornalistas no Jardim Rosado da Casa Branca.

Logo depois, relativizou seu otimismo. Combater o coronavírus "não é questão somente de vacinas", disse.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) informou na sexta que uma vacina pode estar disponível em um ano, segundo um cenário "otimista".

Mais de cem projetos foram lançados no mundo e uma dezena de testes clínicos estão em curso, cinco delas na China, para tentar encontrar um remédio para a COVID-19.

Mas esta corrida atiça a rivalidade e as tensões internacionais.

O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou seu desejo de que a busca por uma vacina não seja submetida às "leis do mercado". A União Europeia insistiu para que seja considerada "um bem de utilidade pública" e que se assegure um acesso "equitativo e universal" a ela.

- Plano de ajuda histórico -

A COVID-19 contaminou pelo menos 4.503.811 pessoas e matou 305.424 em todo o mundo, segundo contagem feita nesta sexta-feira pela AFP com base em fontes oficiais.

Mais de cinco meses depois do aparecimento da doença na China, o planeta está se acostumando a conviver com o novo coronavírus, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) poderia "não desaparecer nunca".

Os esforços se intensificam para tentar relançar as combalidas economias que entraram em uma fase de recessão sem precedentes.

A Alemanha, a locomotiva europeia, confirmou nesta sexta queda de 2,2% em sua atividade no primeiro trimestre e prevê que o retrocesso alcance 6,3% no conjunto do ano.

Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o comércio internacional deve sofrer "quedas de dois dígitos" em volume em quase todas as regiões do planeta.

Em Washington, a Câmara dos Representantes votou na sexta-feira um plano de assistência histórico de mais de três trilhões de dólares para enfrentar os efeitos econômicos da pandemia.

ESTADOS UNIDOS SÃO O PRIMEIRO PAÍS DO MUNDO NO COVID-19

Nos Estados Unidos, país mais afetados pela pandemia, com mais de 87.000 mortos, o desemprego alcança 15% da população ativa, um recorde.

Embora o desconfinamento tenha começado na sexta-feira em parte da Virgínia e de Maryland, Nova York, a capital econômica do país e epicentro nacional da pandemia, com mais de 20.000 mortos, permanecerá em confinamento até, no mínimo, 28 de maio.

"Todas as razões pelas quais decidimos vir (para Nova York) - restaurantes, concertos, etc - desapareceram", diz Han Robert, técnico de informática de 49 anos.

AUSTRIA AMENIZA CONFINAMENTO REABRINDO CAFÉS E RESTAURANTES

Pioneira no desconfinamento, a Áustria deu um passo simbólico nesta sexta-feira e reabriu restaurantes e cafés.

"Para nós, foi difícil que tenha ficado fechado todo este tempo. Sentimos saudades", disseram Fanny e Sophie, duas estudantes de 19 anos no Café Goldegg de Viena.

Em Sydney e em Berlim, a reabertura de bares e restaurantes era esperada com impaciência.

Outra novidade é a volta do futebol aos estádios, ainda que sem torcida.

O campeonato alemão, o primeiro dos torneios suspensos pela pandemia retomados no mundo, deve provar a partir deste sábado que o esporte profissional consegue conviver com o novo coronavírus.

Para limitar os riscos de contaminação, as equipes estarão submetidas a drásticas medidas sanitárias e tiveram que permanecer em isolamento toda esta semana.

"O mundo inteiro está nos observando", admitiu o treinador do Bayern de Munique, Hansi Flick, consciente de que uma experiência bem sucedida no seu país seria "um sinal para todas as outras ligas".

A pequena Eslovênia, primeiro país europeu a declarar o fim da epidemia em seu território, anunciou que vai reabrir suas fronteiras.

A Irlanda também anunciou que vai começar a suspender o confinamento a partir de segunda-feira, com uma flexibilização progressiva que vai se estender até agosto, mas imporá 14 dias de quarentena a viajantes estrangeiros.

Fonte: Yahoo PRESS

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