MinistĂ©rio PĂșblico faz operação contra associação criminosa por crimes ligados ao trĂĄfico de drogas em MG

Por Jornalista Alair de Almeida, Diretor e Editor do Jornal Região Sul em 04/08/2022 às 09:36:58

Segundo o MP, esta quadrilha teria ligação com uma facção criminosa. Esta é a 2ÂȘ etapa da operação "Áquila" e possui interseção com a operação "PenitĂȘncia". O Ministério PĂșblico deflagrou na manhã desta quinta-feira (4) uma operação contra uma quadrilha atuante em Varginha e região no trĂĄfico de drogas, associação para o trĂĄfico e ligada a uma facção criminosa. Esta é a segunda fase da "Operação Áquila", com interseção com a "Operação PenitĂȘncia".

Segundo o MP, estão sendo cumpridos 8 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva. A denĂșncia contra 8 pessoas pela prĂĄtica de 13 crimes ligados ao trĂĄfico de drogas, associação para o trĂĄfico, porte de arma de fogo, disparo de arma de fogo e maus-tratos a animais.

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Durante as investigações, foram colhidos elementos que apontam que o trĂĄfico era comandado do interior de estabelecimentos prisionais e com uso de violĂȘncia, grave ameaça e uso de armas de fogo. Em um episódio, como forma de intimidar um desafeto, um dos denunciados efetuou disparos de arma de fogo na frente de sua residĂȘncia, atingindo, inclusive, um cão.

Ainda de acordo com o MP, um advogado, jĂĄ denunciado na Operação PenitĂȘncia, como participante de esquema de corrupção no sistema prisional, passou a intermediar o trĂĄfico de drogas quando dois clientes foram presos, jĂĄ que teria acesso ao presĂ­dio por conta da função.

Participaram das diligĂȘncias 30 policiais militares, dois policiais civis e um Promotor de Justiça. Foram sendo empenhadas 11 viaturas. As investigações duraram aproximadamente seis meses.

Operação Áquila

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PolĂ­cia Militar

A primeira fase da Operação Áquila foi deflagrada em 14 de fevereiro de 2022. Quatorze pessoas foram presas durante a operação. Segundo as investigações, uma casa noturna era usada como ponto de lavagem de dinheiro do trĂĄfico.

Segundo o MP, foram oferecidas cinco denĂșncias contra estas pessoas pela prĂĄtica de 75 crimes ligados ao trĂĄfico de drogas, associação para o trĂĄfico e lavagem de dinheiro. Além dos 14 mandados de prisão preventiva, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão.

O MP informou que as ações penais se encontram na fase final e a maior parte das pessoas permanece presa.

Operação PenitĂȘncia

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RA operação "PenitĂȘncia" foi deflagrada em 14 de março pelo Ministério PĂșblico. A ação visa combater esquema de corrupção no presĂ­dio de Varginha. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e um de prisão temporĂĄria contra os investigados.

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Foram presos na investigação:

Welton Donizete Benedito - Diretor do presĂ­dio

Rodolfo Correa Bandeira - Diretor-adjunto

Edson Eleuterio RosĂĄrio - Coordenador do presĂ­dio

FĂĄbio Gama Leite - Advogado

Celso José Mira - EmpresĂĄrio

O policial penal, Rodrigo Alexander de Oliveira Rosa, que estava foragido foi preso em 18 de março de 2022

Segundo as investigações, policiais penais cobravam propinas dos presos para os mais diversos fins, dentre eles transferĂȘncias ou permanĂȘncia na unidade local para quem estĂĄ no regime semiaberto, obtenção de trabalho externo ou interno e outros confortos. Advogados e particulares seriam os intermediĂĄrios das propinas.

Ainda segundo o promotor, as investigações apontaram que os valores cobrados pelos servidores dos internos chegavam a R$ 15 mil.

Em junho, a Justiça concedeu habeas corpus para dois dos investigados na operação: o advogado FĂĄbio Gama Leite e o empresĂĄrio Celso José Mira.


Fonte: G1 Sul de Minas e PolĂ­cias Civil e Militar

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