A tragédia de Capitólio teve dez mortes e 27 feridos: Quem são os responsáveis?

Dez mortes, 27 feridos na queda de uma rocha em capitólio: De quem é a responsabilidade?

Por Jornalista Alair de Almeida, Editor e Diretor do Jornal Região Sul em 08/01/2022 às 21:06:10

Tragédia de

Capitólio

teve dez mortes

e 27 feridos:

Houve negligência das

autoridades???


Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, as 16 pessoas que estavam desaparecidas foram localizadas após cruzamento de informações com os hospitais de Minas Gerais. Tenente Pedro Aihara afirma que 16 das 20 pessoas desaparecidas foram localizadas

Cânion desabou sobre embarcações com turistas em Capitólio (MG) Foto: Reprodução

O tenente do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, afirmou que o número de pessoas desaparecidas depois do desabamento de uma pedra em Capitólio diminuiu de 20 para quatro. Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, as 16 pessoas que estavam desaparecidas foram localizadas após cruzamento de informações com os hospitais de Minas Gerais.

"A informação inicial que a gente tinha era de 20 pessoas desaparecidas, porque muitas pessoas que foram atendidas nos hospitais e o cruzamento de listas ainda não tinha sido feito e elas estavam constando como desaparecidas. A gente já conseguiu fazer o contato com boa parte delas e esse numero já diminuiu drasticamente.

As pessoas que com certeza estão desaparecidas são as pessoas da lancha Jesus, que foi uma das lanchas diretamente atingidas. No momento em que a pedra se desprende, ela atinge quatro lanchas, duas diretamente e outras duas com impacto indireto. Essa lancha Jesus é a lancha com maior numero de pessoas desaparecidas, essas quatro pessoas".

Pessoas tentaram avisar de rochas caindo de cânion para turistas de outras embarcações

Segundo o Corpo de Bombeiros, dez mortes foram confirmadas até o momento. O Corpo de Bombeiros seguirá nas buscas pelos desaparecidos da tragédia que assolou a cidade de Capitólio (MG). Somente as buscas por mergulho serão interrompidas no período noturno. As buscas por avião não foram possíveis devido às más condições de tempo.

Pedra desliza sobre turistas em Capitólio


Entenda o Acidente em Capitólio

Um deslizamento de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), a cerca de 300 km de Belo Horizonte, atingiu quatro embarcações, com pelo menos 34 pessoas, neste sábado (8), e causou sete mortes. ferindo 32 pessoas


Veja o que se sabe até agora:

O deslizamento ocorreu por volta de 12h30. Ainda não se sabe o que causou o acidente

Quatro embarcações foram atingidas, segundo os bombeiros

Dez pessoas morreram. Ao menos 4 seguem internadas

Uma equipe de mergulhadores está no local e não há previsão de término das buscas (elas foram suspensas durante a noite e serão retomadas no domingo)

27 pessoas foram atendidas e liberadas

A primeira informação dos bombeiros dava conta de 20 desaparecidos, mas o número foi atualizado para 4 e agora não há nenhuma pessoa desaparecida.

Bombeiros e Polícia Civil estão no local; a Marinha foi acionada e vai investigar a causa

Defesa Civil havia emitido um alerta sobre chuvas intensas na região com possibilidade de "cabeça d'água", e Marinha também investiga porque os passeios foram mantidos

Mortes no acidente de Capitólio

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou 10 mortes pelo deslizamento.

As vítimas são 3 mulheres e 4 homens, informou o delegado de Capitólio; ninguém foi identificado ainda.

Desaparecidos

O coronel dos bombeiros Edgard Estevo, disse primeiramente que a estimativa é que 20 pessoas estivessem desaparecidas. Entretanto, em entrevista para a EPTV, afiliada Globo, o tenente Pedro Aihara afirmou que atualmente são quatro pessoas desaparecidas e que eles conseguiram contato com as outras vítimas.

De acordo com o coronel, 40 bombeiros e mergulhadores estão no local do acidente, mas as buscas estão suspensas durante a noite.

Feridos no desabamento num Canyon de Capitólio

Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 32 pessoas foram atendidas por causa do acidente, a maioria com ferimentos leves.

Dessas, 27 foram atendidas e liberadas: 23 delas da Santa Casa de Capitólio e outras 4 da Santa Casa de São José da Barra, a 46 km de Capitólio.

Outras 4 pessoas, ao menos, seguem internadas:

2 pessoas com fraturas expostas foram para a Santa Casa de Piumhi, a cerca de 23 km de Capitólio;

2 pessoas seguem internadas na Santa Casa de Passos, a 74 km de Capitólio; a terceira pessoa que estava internada em Passos foi para um hospital particular – por isso, os bombeiros não têm informações sobre o estado de saúde dela.

Ninguém foi identificado até agora. Guarnições de Passos e Piumhi foram deslocadas para a região para prestar atendimento às vítimas.


Canyon é Lugar turístico muito visitado

A região de Capitólio e outras cidades banhadas pelo Lago de Furnas, no Centro-Oeste de Minas, é bastante procurada por turistas por sua beleza natural.

Assim como outras partes do estado, a região tem sido atingida pelas chuvas recentes: na sexta-feira (7), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia emitido um alerta de chuvas intensas, que durariam até a manhã deste sábado.

Neste sábado (8), Defesa Civil de Minas Gerais havia feito um alerta sobre chuvas intensas e a possibilidade de ocorrências de "cabeça d'água' em Capitólio, mas não há confirmação que essa foi a causa do acidente. A Marinha disse que investiga o motivo de os passeios serem mantidos.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, Pedro Aihara, explicou que a formação rochosa do local é do tipo sedimentar, o que torna as estruturas dos paredões frágeis, e a quantidade de chuvas agravou a situação por acelerar a erosão. Veja a explicação sobre a situação do solo:

Forma como rocha caiu em Capitólio (MG) agravou situação, diz bombeiro

"A gente tem uma formação rochosa que é basicamente composta por rochas sedimentares, então são rochas que naturalmente têm uma resistência muito menor à atuação dos ventos, da água, dos elementos naturais que atuam sobre a região", explicou Aihara.

"Uma outra situação que acabou infelizmente agravando foi porque a rocha cai numa trajetória perpendicular. Geralmente, quando a gente tem ruptura por tombamento, a rocha sai de uma forma mais fatiada, ela escorre por aquela estrutura e cai de uma forma ou diagonal ou então mesmo em pé. Nesse caso, como a gente teve esse tombamento perpendicular, e pelo tamanho da rocha, a gente acabou tendo essas pessoas diretamente afetadas", explicou o bombeiro.

Para o especialista em gerenciamento de risco, Gustavo Cunha Melo, uma tromba d'água – inicialmente citada pelos bombeiros como motivo do deslizamento – pode ter agido como um gatilho para o deslizamento, mas não foi necessariamente a causa do problema.

Para Melo, a rocha se

desprenderia de qualquer jeito,

por causa da erosão:

"Essa rocha já estava com muita erosão, totalmente fragmentada, ela iria desabar em algum momento. A tromba d"água pode explicar o desabamento neste momento? Pode, assim como também não precisava nada – ela ia desabar em algum momento por erosão, por um processo natural", afirmou.

Nesses casos, segundo

o especialista, o gerenciamento

de risco consiste em isolar o local.

"Não tem muito o que fazer nessas situações. O gerenciamento de risco é: manter distância. Você tem que isolar a área. A única gestão de risco que é feita é isolar a área. Infelizmente ali as embarcações estavam muito próximas e o desabamento aconteceu nesse mesmo momento", explicou Melo.

O geólogo Fábio Braz, da Sociedade Brasileira de Geologia, relacionou o desprendimento das rochas às chuvas – intensas e por um longo período – e classificou o acidente como "raro":

"Fica cada vez mais evidente que realmente as fortes chuvas contribuíram para a queda desse bloco. Esse fraturamento vertical é típico de regiões de cânion. A gente também observa nos cânions do Rio São Francisco o mesmo tipo de feição", explicou.

Marinha vai apurar causas

Por meio de nota, a Marinha do Brasil informou que um inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente (Veja nota completa mais abaixo).

A Polícia Civil de Minas informou que está no local para identificar os danos e as causas do acidente.


Confira a íntegra da nota da Marinha

A Marinha do Brasil informa que tomou conhecimento de um acidente, no fim da manhã de hoje, após deslizamento de rochedo atingir embarcações que navegavam a região dos cânions, em Capitólio-MG.

A DelFurnas deslocou, imediatamente, equipes de Busca e Salvamento (SAR) para o local, integrantes da Operação Verão ora em andamento, a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros órgãos atuando no local.

Um inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente/fato ocorrido.

Fonte: G1 Sul de Minas e Polícias Civil e Militar / Bombeiros

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