Cidades pequenas têm as maiores taxas de letalidade da Covid-19 no Sul de Minas

Por Marco Antônio Gomes de Carvalho em 25/06/2021 às 19:42:50
Consolação, por exemplo, que tem pouco mais de 1,7 mil habitantes, é a que está com a taxa mais alta. Apesar de um número total de mortes por Covid-19 relativamente baixo, cidades pequenas do Sul de Minas são as que têm a maior taxa de letalidade da doença. Consolação, por exemplo, que tem pouco mais de 1,7 mil habitantes, é a que está com a taxa mais alta.

Conforme levantamento da Secretaria Estadual de Saúde, Consolação registrou 53 casos de Covid-19 desde o início da pandemia e três pessoas morreram. Elas representam 5,66% do total de contaminados. Essa é a taxa de letalidade do município.

O professor de epidemiologia e saúde coletiva da Universidade Federal de Alfenas, explica o motivo dessa taxa mais alta.

"As cidades menores, não é regra, mas é muito frequente, elas têm uma população, um perfil demográfico mais envelhecido, e esse dado é acumulado. Então embora atualmente esteja reduzindo o risco de morte entre os mais idosos, nesse acumulado estão as cidades que têm uma população predominantemente mais idosos e especialmente, a gente pensar nas pequenas, que têm uma dificuldade maior muitas vezes de fazer o socorro oportuno, isso acaba fazendo com que os casos cheguem para a atenção hospitalar mais graves e aí você tem, é claro, mais óbitos", disse o professor de epidemiologia da Unifal, Sinézio Inácio da Silva Júnior.

Cidades pequenas têm as maiores taxas de letalidade da Covid-19 no Sul de Minas

Reprodução EPTV

Seguindo também os dados divulgados pelo estado, São Tomás de Aquino aparece como a segunda cidade da região com maior letalidade: 5,37%. Também com mais de 5% estão Toledo e Delfim Moreira. Acima de 4%, aparecem Alterosa, Piranguinho, Pratápolis, Itajubá, Turvolândia e Espírito Santo do Dourado.

Maiores taxas de letalidade nos municípios do Sul de Minas:

Consolação - 5,66%

São Tomás de Aquino - 5,37%

Toledo - 5,16%

Delfim Moreira - 5,01%

Alterosa - 4,76%

Piranguinho - 4,64%

Pratápolis - 4,58%

Itajubá - 4,56%

Turvolândia - 4,45%

Espírito Santo do Dourado - 4,14%

O professor lembra que esse índice é importante para definir regras mais ou menos restritivas. Mas como são cidades pequenas, o ideal é considerar uma média regional. A do Sul de Minas está em 2,34%.

"Cada município saber o perfil dos seus casos. Então nós temos no agregado, a Secretaria de Estado de Saúde disponibiliza, mas cada município, embora ele reproduza o que acontece no geral, cada município tem que saber o perfil demográfico, de idade, se tem comorbidade, que tipo de comorbidade e fazer esse trabalho muito atento às necessidades dessas pessoas", disse o professor.

A letalidade da doença só cai com a redução do número de contaminados. Por isso que a vacina é tão importante. Só que, até mais pessoas serem vacinadas, é preciso continuar se protegendo.

"Contagiar hoje significa ter contato com uma variante, que atenção, não é que ela seja mais virulenta ainda, ela não tem manifestações clínicas diferentes do que vinha, mas ela está mais patogênica, quer dizer, ela provoca com mais frequência, a doença em casos mais graves, então novamente, em relação a evitar mortes entre os casos, é primeiro, evitar os casos", concluiu o professor.

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