Natural de Varginha (MG), Aléxia iniciou no esporte em 2008 e já detém os títulos mais importantes da categoria. Em entrevista ao ge, a atleta contou que só começou no esporte depois que foi atacada por seu cachorro, um Buldogue americano, quanto tinha cinco anos.

"Se meu pai não estivesse em casa naquele dia, talvez eu não estivesse mais aqui hoje. Precisei de 12 pontos na cabeça e seis na orelha, fraturei os dedos indicador e médio e precisei colocar pino na mão. Na época meu fisioterapeuta me indicou um esporte de contato, que seria jiu-jítsu ou judô, para me ajudar a voltar os movimentos da mão. E foi daí que o jiu-jitsu entrou na minha vida e também na vida do meu pai e meu irmão, que levei comigo na época e hoje em dia ambos são faixa preta - comentou a atleta."

Ainda em novembro, a atleta ganhou um título inédito para Varginha na principal competição na América Latina no Jiu-Jitsu, a medalha de prata no Grand Slam, disputado no Rio de Janeiro (RJ). Já em fevereiro de 2022, Aléxia vai disputar o europeu novamente, em Roma, na Itália.

- Desde muito nova eu lutava competições regionais e sempre me saia bem. Até que lutei meu primeiro Brasileiro CBJJ em 2015 e me tornei campeã. Foi quando eu percebi que realmente levava jeito para isso e comecei a querer sempre mais. Eu olho para cada medalha que conquistei hoje em dia com muito orgulho em saber que todo trabalho duro é recompensado - disse Aléxia.

Sem citar nomes, a atleta contou que tem sim alguns faixas preta que a inspiram, mas que sua maior inspiração é em sua equipe e parceiros. Aléxia afirmou ainda que seu sonho é conquistar o Mundial IBJJF e o World Pro.

- Meus planos e sonhos daqui pra frente são de continuar seguindo fazendo um trabalho duro para que eu possa conquistar todos os títulos possíveis nas faixas coloridas e enfim pegar a faixa preta.

Aléxia realiza treinamentos de segunda à sexta-feira, entre quatro e cinco horas diárias. Além do Jiu-jitsu, ela ainda realiza treinos de musculação, judô e posições.

A atleta varginhense ainda fez questão de incentivar outras garotas que buscam uma oportunidade no esporte, mas esbarram no medo, na insegurança e muitas vezes nas críticas.

- Corram atrás, façam por onde, não tenha medo das críticas, pois sim terá e muitas. Eu mesma já passei por muitos momentos, várias lesões e para mim tudo na vida tem a ver com a cabeça. Se você mantiver o foco e a confiança tudo muda - encerrou a atleta.