Prefeitura inicia levantamento para mapear índice de infestação da dengue em Pouso Alegre, MG

Por Marco Antônio Gomes de Carvalho em 13/01/2021 às 13:34:23
Cerca de 120 focos do mosquito foram encontrados em apenas quatro dias. Pouso Alegre faz levantamento de focos do mosquito da dengue

A prefeitura começou um levantamento para medir o índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti em Pouso Alegre (MG). Cerca de 3.000 casas devem ser visitadas pelos agentes. A iniciativa é para mapear e prevenir casos de dengue na cidade.

Para a agente de endemias Gabriela Olívia Martins, baldes e vasos de plantas são os lugares mais comuns para encontrar focos do mosquito. “A gente tem encontrado muito em planta ainda e baldes. Vasilhas que deixam mesmo no quintal e acabam esquecendo. Com a pandemia parece que o povo deu uma relaxada e tem deixado bastante coisa que acumula água. Aí vem a chuva e só piora”, garantiu.

O Coordenador de Zoonoses de Pouso Alegre, Ramiro Pereira explica que o levantamento chamado de “LIRA” é uma pesquisa amostral que apresenta o índice de infestação do aedes no município. “Sabendo o índice, sabemos o local que melhor deve ser trabalhado e os tipos de recipientes que é predominante”, explicou.

Um bom exemplo de como cuidar das plantas em casa sem o risco de contribuir com a doença, é o da dona de casa Regina Bággio Rios. Ela não usa pratinho nos vasos de plantas ou os deixa de cabeça para baixo. “A gente teve que fazer um mutirão no bairro. Deu muita dengue. A gente perdeu. Teve pessoas que faleceram. E a gente fez um mutirão de limpeza nas casas, agentes de saúde do PSF”, disse.

Prefeitura inicia levantamento para mapear a dengue em Pouso Alegre (MG)

Reprodução/EPTV

Também há riscos de focos da dengue nos terrenos baldios que recebem lixo e acumulam água. A administradora Amanda Soares Dias, é vizinha de um lote onde pessoas trabalham com reciclagem a céu aberto. “Eles fazem a reciclagem na rua e acaba acumulando lixo na rua. Esse lixo escorre até o bueiro que acaba entupido. Isso provoca alagamentos. E até doenças para a comunidade”, afirmou.

Não há casos confirmados da doença na cidade este ano. Mas já foram encontrados 120 focos da doença em 4 dias. Todas as amostras colhidas pelos agentes são enviadas para o Centro de Controle de Zoonoses. Lá, a bióloga Rita Luna afirma eque está preocupada com a doença. “Deixa [preocupada] porque a cidade está infestada pelo Aedes Aegypti.

Em 2020 foram 26 casos confirmados e 106 notificações em Pouso Alegre.

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