Suspeito de integrar organização criminosa de pornografia infantil é detido em Lavras, MG

Por Marco Antônio Gomes de Carvalho em 25/11/2020 às 13:23:06
Segundo as investigações, homem é suspeito de compartilhar imagens em comunidades na internet. Operação cumpriu mandados em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Operação cumpre mandado contra alvo envolvido em pornografia infantil em Lavras, MG

Um suspeito de integrar uma organização criminosa de pornografia e exploração sexual de crianças foi detido em Lavras (MG), em uma operação da Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (25). O homem de 34 anos foi levado à delegacia após os policiais encontrarem materiais pornográficos durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão.

Segundo as investigações, o suspeito, que é técnico em construção predial, acessava comunidades anônimas na internet para compartilhar imagens pornográficas de crianças. Ele foi abordado pela polícia quando saía para trabalhar, para cumprimento de mandado na casa dele.

O homem foi levado à delegacia de Lavras, onde deve prestar depoimento. A polícia vai analisar o caso para prisão em flagrante.

"Ao chegar ao local, nos computadores do suspeito foi identificado indícios de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Esse material foi encaminhado para perícia. O conduzido aguarda para ser ouvido e nas próximas horas, vamos analisar a ratificação da prisão em flagrante ele. Ele vai ser preso e encaminhado ao presídio", explicou o delegado regional Josias Moreira Giffoni.

Ainda conforme o delegado, ele permaneceu em silêncio em casa e, na delegacia, confessou que mantinha o material. "Mas ele nega produzir esse material, nega comercializar esse material, mas o simples fato de ter o material armazenado em qualquer dispositivo já é um crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente".

Sobre vídeos encontrados entre os materiais, o suspeito chegou a alegar que pertenciam a um familiar.

A operação chamada Black Dolphin tem alvos envolvidos no tráfico e a exploração sexual de crianças. Mais de mil policiais cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

O principal alvo foi preso em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Até o início da tarde, ao todo, 10 pessoas tinham sido presas.

Polícia apreendeu materiais de pronografia em casa de suspeito em Lavras (MG)

Reprodução/EPTV

Investigações

Segundo a polícia, as investigações começaram em em 2018, quando os policiais descobriram um homem que pretendia vender a sobrinha para criminosos na Rússia. Ainda de acordo com as investigações, o plano dele era levar a criança para a Disney e entregá-la aos criminosos na Rússia, em uma rede de exploração sexual, alegando que ela teria desaparecido no parque.

A partir do suspeito, os policiais começaram a monitorar a deep web, e descobriram uma rede de criminosos sexuais, principalmente infanto-juvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual.

"Mais de 10 mil contas de e-mails brasileiras foram identificadas, participantes dessa prática de pornografia infantil, sendo essa operação deflagrada hoje em quatro estados", explicou o delegado Pedro Paulo Marques.

"Black Dolphin" é o nome de uma prisão russa, considerada uma das mais temidas do mundo. Segundo a investigação, um dos chefes da organização dizia que as leis brasileiras são "ridículas" e no Brasil não haveria prisão para segurá-los, e apenas a "Black Dolphin" poderia detê-los.

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